quarta-feira, 30 de março de 2011

Será o futebol a salvação do país

Os economistas discutem a venda ou a não venda da Caixa Geral dos Depósitos e da TAP agora que estão baratinhos e os aforradores e grandes empresários portugueses não têm dinheiro para as comprar.

Por exemplo, Álvaro Santos Pereira, aqui, não tem objecções intransponíveis e Pedro Lains, aqui, já apresenta dúvidas substanciais. A distinção é que Pedro Lains conhece a história da CGD e daí a sua relutância em promover a sua venda.

Contudo a venda de património público é mais complexa e o património do Estado está actualmente a ser transaccionado para a uma sociedade pública chamada Estamo que paga por 10 para vender por 100 ou para arrendar aos próprios, que acabaram de ser beneficiados com os 10 e que com as rendas que irão pagar dentro de alguns anos definitivamente retirarão benefícios negativos do negócio colocado pela empresa pública.

Estas actividades dão uma pálida ideia do que se faz com a contratação de jogadores de futebol sendo que no caso do futebol compram-se e vendem-se direitos de jogadores que cada vez mais são estrangeiros e não activos nacionais e geradores de valias financeiras entre outras funções sociais de não menor monta.

A Estamo terá actividades equivalentes aos clubes de futebol sendo que neste caso algumas são actividades que deixam os sócios desesperados.

De qualquer modo o desporto tem nestas compras e vendas vantagens definitivas, quanto ao saber-fazer, sobre o Estado português porque há décadas que os líderes desportivos do futebol são capazes de criar equipas vencedoras da Champions League, depois vendem os melhores jogadores e treinadores que conseguiram a vitória e no ano seguinte partem para novas vitórias, como é do conhecimento de todos.

É espantoso do momento que vivemos observar como procedimentos que se pensavam ser de melhorar no futebol e encontrar e trabalhar filosofias de acumulação de capital humano e social nos grandes clubes para lhes garantir performance estáveis no topo do futebol europeu e no longo prazo, afinal os comportamentos a evitar surgem como soluções de eleição do Estado português.

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