terça-feira, 8 de março de 2011

Para os gregos os jogos olímpicos são sagrados

Os jogos olímpicos de 2004 representaram um passivo entre outros passivos na falência da Grécia e que no conjunto a levaram à bancarrota.

Portugal tem apenas estádios enquanto a Grécia foram não só as imensas infra-estruturas para todas as modalidades olímpicas e também os enormes gastos de segurança que tiveram de assumir após o 11 de Setembro.

De vez em quando há políticos nacionais que voltam a falar dos investimentos nos estádios de futebol o que é significativo para autarquias que necessitam de investir em políticas de desenvolvimento e de bem-estar para as suas populações e têm os débitos do investimento para assumir.

Essas críticas têm razão mas simultaneamente o desporto deve chamar a atenção que o sucesso desportivo foi imenso e que é possível ter políticas diferentes na construção de infra-estruturas quando se investe em mega-eventos desportivos.

Todo o processo de investimento em estádios foi catastrófico pela fraqueza política e pela pressão dos agentes privados ganhadores liderados pelo interesse da UEFA representado por Gilberto Madail enquanto presidente da federação de futebol.

Este ponto é fundamental porque Portugal necessita de uma maior força da política desportiva para captar em primeiro lugar o interesse dos agentes privados desportivos, que são quem executa a política desportiva, e depois ganhar a confiança da sociedade através do cumprimentos dos programas, de geração de mais-valias e da palavra dada segundo princípios éticos transparentes.

O desporto grego tem uma diferença adicional do português e para o melhor. A Grécia ganha vitórias em muitas modalidades desportivas e certamente a diferença é que os gregos não se queixarão tanto como os portugueses porque para eles os jogos olímpicos e o desporto são sagrados.

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