segunda-feira, 28 de março de 2011

No Sporting o importante é tratar da sua vidinha?

Já por duas vezes chamei à atenção para a importância de umas eleições transparentes no caso do Atletismo, que afinal não se concretizaram, e no caso do COP para 2000 e tal.

Porém, a situação do desporto nacional é muito mais difícil.


As eleições do Sporting demonstraram como pequenas coisas como o regulamento eleitoral são relevantes para a democracia interna e para a imagem do futebol e do desporto.

Isto tem menos a ver com leis da república e regulamentos da UEFA e FIFA do que de pessoas que se esperaria ter a casa arrumada e, afinal, pouco fazem e falham serviços mínimos quando ocupam cargos.

Não tendo ouvido certas pessoas queixar-se de salários, cartões de débito e outros benefícios em atraso, supõe-se que receberam em tempo oportuno todo o acordado com a instituição.

Ouvir estas pessoas na televisão e ver as entrevistas nos jornais é um exercício da mais alta erudição pelo ideário exposto com veemência, por vezes em altos berros.



O trabalho para o futuro do desporto português é grande, é preciso ser humilde, é preciso arriscar, é preciso assumir as suas responsabilidades no momento certo, é preciso estudar, conceber novas soluções, discutir, consensualizar, criar objectivos possíveis e europeus, instrumentos eficientes, e é preciso tanto fazer cumprir o que se acorda, como reanalisar e encontrar soluções de continuidade face aos princípios que se acordaram prosseguir.

Este trabalho é de muito longo prazo e de elevado nível de exigência porque haverá sempre um Bruno Carvalho que, com as suas limitações, poderá trazer novo sangue, como haverá um Godinho Lopes assente em valores tradicionais, independentemente das restrições que possam introduzir ao desenvolvimento.

É a democracia dos debates, do funcionamento das instituições e do respeito pelos princípios superiores em prol da população, dos praticantes e dos adeptos que manterá este processo no sentido certo.



Dias Ferreira é um duplo derrotado nas urnas e na turva eleição que deveria ter sido o primeiro a garantir a transparência e a eficácia e também o bom comportamento dos seus associados mais intransigentes.

Agora os votos estão nas mãos da polícia.

Um lindo serviço e amanhã vão pedir ao Tribunal Arbitral do Desporto em Lausane na Suíça para resolver a situação depois do Tribunal Arbitral do Ministério da Justiça de Portugal ter decidido aquilo que alguém intransigentemente não vai concordar.

Sem comentários: