sexta-feira, 25 de março de 2011

O desporto pode ajudar a identidade europeia

Neste link é possível aceder às declarações de Laurent Thieule, presidente de o think-tank europeu Sport et Citoyenneté, acerca da construção da identidade europeia através do desporto.


Diz Laurent Thieule telegraficamente:
  1. O desporto é uma porta para a construção de uma identidade europeia comum;
  2. O desporto é um meio para a União Europeia mobilizar os seus cidadãos;
  3. O desporto pode, especialmente em tempos de crise, ser um catalisador para a política da União Europeia o qual pode valer o seu peso em ouro;
  4. É do conhecimento comum que o desporto unifica e quebra barreiras entre as pessoas permitindo-lhes conhecer-se reciprocamente;
  5. Acreditamos que o desporto pode ser considerado como uma cultura comum europeia e um denominador para todos os povos europeus;
  6. Descreve o desporto como um veículo tremendo para a educação e a cidadania;
  7. Muitos membros do Parlamento Europeu acreditam no poder do desporto;
  8. O investimento da UE deveria focar na promoção da igualdade e desenvolver o desporto como um instrumento para a inclusão para combater a discriminação relacionada com o racismo, sexismo e a homofobia;
  9. Rejeita as acusações de dominação do futebol e afirma que o futebol pode servir como um modelo para outras modalidades;
  10. O que interessa é a existência de desejo político.


A questão é semelhante para Portugal que constatou com o Euro2004 como o desporto foi um catalisador da população, organizações e instituições nacionais quanto à sua identidade única e que num momento de crise como o que actualmente vivemos poderia resultar em benefícios extraordinários semelhantes.

Portugal também sabe que em todos os Jogos Olímpicos a mobilização da sua população é um momento de exaltação e que tem pecado por manifesta exiguidade.
Este é mais um dos inúmeros argumentos que demonstra como o desporto é um instrumento que contribui para o fortalecimento da identidade, para a acumulação do capital humano e social e a produtividade nacional.

As medidas de austeridade que recaem sobre o desporto podem ser fortemente contestadas pela sua irracionalidade cega e contribuição para a destruição de capital humano e social nacional, precisamente no momento em que as valias do desporto mais deveriam ser incentivadas.

Acontece que não existem dirigentes desportivos nacionais capazes de fazer este discurso e de se baterem por estes valores europeus em benefício do desporto nacional.

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