terça-feira, 22 de março de 2011

O Benfica, a Olivedesportos e o fisco

O jornal i entrevista o dirigente do Benfica, Domingos Soares Oliveira, acerca da marca Benfica.

Obviamente o Benfica é o maior e ainda o será muito mais maior no futuro.


Uma parte importante da entrevista são as relações com a Olivedesportos.

O Benfica como todos os clubes, as federações e os operados de eventos desportivos não estão satisfeitos com o que recebem e o mais importante é que a existência da Olivedesportos poderia ajudar mais o desporto de que vive.

Uma primeira questão relaciona-se com as audiências dos jogos que diminuem com a transmissão e que por essa Europa existem exemplos documentados em várias modalidades para além do futebol. Para contrariar esta situação é de ter políticas de espectadores atraentes e dinâmicas para os sócios e adeptos.

Uma segunda questão diz respeito ao poder de monopólio dos operadores televisivos e à existência de barreiras à entrada de operações no mercado das transmissões desportivas que a Olivedesportos conquistou ao longo dos anos e que torna muito difícil aos operadores televisivos entrarem no mercado.

Do ponto de vista da política pública o Estado deveria estabelecer direitos de propriedade diferenciados que permitissem aos agentes desportivos maximizarem a sua receita desportiva.

O Estado ao favorecer operadores acaba por afectar o futuro do desporto.

Isto acontece porque não tendo o Estado meios financeiros bastantes para fomentar e alavancar o desporto português para a média europeia, deveria incentivar a competitividade dos mercados a jusante das competições desportivas podendo inclusive beneficiar fiscalmente toda a área dos patrocínios aos direitos de  imagem para se libertar de financiamentos que são ruinosos para o orçamento do Estado mas que são bastante interessantes para os patrocinadores privados.

Estão neste caso o Estoril Open de que João Lagos se queixava de falta de financiamentos públicos, pelos vistos que também não eram necessários, e, também, de provas de modalidades com uma imagem mediática significativa como o golfe, ténis, automobilismo e motociclismo, etc.

Os beneficios fiscais não se fariam para estas modalidades ao nível do IVA mas ao nível das operações de marketing, patrocínios e de transmissão de eventos. Apenas fazendo contas se encontrariam os valores apropriados para maximizar o interesse do desporto e do país.

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