quarta-feira, 2 de março de 2011

Na demissão de Fernando Mota

Fernando Mota foi o único presidente de federação a saber conquistar medalhas olímpicas com regularidade nos jogos em que participou a sua modalidade.

Se o atletismo português não ganhou mais foi porque as condições políticas e institucionais eram frágeis e não permitiram ir mais longe.

Vai haver um antes e um depois de Fernando Mota no atletismo português porque a maior parte das suas vitórias foram-no nos últimos trinta anos, com a tendência que já vinha de trás com o trabalho de Moniz Pereira, por exemplo, Fernando Mota liderou a diversificação para as disciplinas mais técnicas, chamemos-lhes assim, da prática de alto rendimento mantendo o nível que o fundo e o meio-fundo tinha alcançado.

No Atletismo português não fomos pequeninos e pobres como costuma dizer quem não se responsabiliza quando deve fazê-lo, segundo a ética que prega aos atletas e treinadores, e nada ganha de nível mundial.

Também na responsabilização acaba por haver uma diferença na praxis de Fernando Mota.

O futuro dirá como o desporto português estará ainda no período de altissima performance que Fernando Mota demonstrou estar ao alcance de Portugal.

Está por demonstrar que havendo uma liderança de política desportiva pelos mais altos padrões europeus o potencial da liderança desportiva de Fernando Mota esteja afinal ainda por alcançar.

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