terça-feira, 15 de março de 2011

O dilema de Gilberto Madail

Gilberto Madail diz que se esforçou e agora não aceita a recriminação por aplicar um modelo institucional para a modalidade cuja recusa pelos seus associados poderá colocar a federação fora da lei.

Toda a discussão não consegue distinguir os objectivos dos associados de, por exemplo, dos objectivos de aumentar o produto desportivo da federação.

Alguns associados vêm uma ameaça ao seu modo de actuação e estão dispostos a levar a sua dúvida às últimas consequências.

Caminharam todos para um beco sem saída a falar sobre o que a FIFA e a UEFA querem e não falam sobre aquilo que quererá o praticante desportivo português ou se a reforma ora em discussão tem os impactos esperados de melhoria do produto do futebol em todas as suas dimensões e qual a dimensão dessa transformação.

É aqui que bate o saber fazer de Gilberto Madail que trouxe o Euro 2004 para Portugal, quase trazia o Mundial 2018, agora tem uns estatutos novos e não demonstrou aos seus associados se com esses estatutos os associados continuam a produzir o mesmo, se vão produzir mais, se deixarão de existir para, por exemplo, a modalidade dedicar-se apenas ao desporto profissional com jogadores estrangeiros.

Gilberto é um economista de formação e tem sensibilidade para os números relacionados com os negócios, como referiu sobre a candidatura ao Mundial2018, e esse é o problema dos associados a quem não terá sido explicado qual o seu benefício no negócio que querem à viva força que eles assumam.

Potencialmente podendo a federação de futebol passar de 140.000 praticantes para muitos mais praticantes, todo este litigar administrativo e jurídico ganharia em passar para o domínio desportivo e para a concepção de um outro modelo de desenvolvimento sustentado para o futebol português porque actualmente faltam elementos para compreender o que está bem e o que´se pode melhorar na produção do futebol português desde a sua base ao topo.

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