terça-feira, 22 de março de 2011

Salvar os dedos, preservar o futuro

A prática desportiva dos jovens deveria ser preservada a todo o custo.

O desporto já há muito deveria estar a passar a mensagem para a sociedade definindo as necessidades básicas, as novas relações e soluções de defesa do essencial para a actividade corrente.


Receio não haver condições para uma atitude de avaliação profunda das condições da situação do desporto porque o Conselho Nacional do Desporto é uma caixa de ressonância dos agentes mais activos, não existe o reconhecimento de líderes que tenham posições desenvolvimento sustentado, existe a reverência perante o curto prazo e as solicitações pontuais e não existe a capacidade de liderar um projecto de investigação rápido para projectar o desporto na actual situação de crise do país.


O desporto está assim por sua própria culpa.


As crises económica, orçamental, social e política começou há pelo menos dois anos e o desporto entreteu-se com os seus problemas e não sabe pensar a sua situação em contexto dinâmico do que faz a economia e a sociedade e ter a capacidade de dinamicamente responder a esses desafios que lhe exigem acção e não inação e cabeça na areia.


O Presidente do COP e o do Atletismo usam as entrevistas na Antena Um e no Record para anunciarem o Museu Olimpico e trocarem de galhardetes, os blogues do desporto discutem efemérides e o 'meu umbigo', os juristas a conformidade e a desconformidade da magnífica lei do desporto e arredores, e as Universidades cientificamente formam para o desemprego ... desportivo.

Se há sector em Portugal que não está à rasca é o do Desporto!


Diz-se que nos fornos de asfixia alemães as próprias mães quando chegava o momento final abandonavam os filhos e lutavam por um lugar na escapatória que inexoravelmente estava fechada.

O Desporto sem Princípios procura iludir a asfixia que vai sentindo e acenar para uma escapatória que não vai estar lá.

Sem uma visão estruturada do desporto, seja Pedro Passos Coelho, seja José Sócrates, terão uma dificuldade muito grande em resolver os actuais desafios do desporto visando o seu desenvolvimento.

O que irão fazer será responder aos agentes do desporto e do não-desporto mais activos e matar o futuro do desporto português em nome de uma ou das quatro crises que nenhuma se preocupa com a crise do próprio desporto.

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