segunda-feira, 21 de março de 2011

É a ética que está em causa que aplicada às boas instituições toma o nome de governance

A história mais recente que aconteceu ao futebol português levou os seus líderes desportivos a aprovarem os estatutos na generalidade e a não aprovarem com quórum três dos artigos.

Se esta situação redundar numa tragédia então:
1 - Alguém não está a agir bem.
2 - Alguém não está a ter a capacidade de liderar a federação.

Estas pessoas deveriam ser responsabilizadas pelo que estão a fazer através das instituições da modalidade, porque estes actos prejudicam a prática do futebol pelos portugueses, e do país, porque o futebol tem uma dimensão tal que os seus actos têm consequências nacionais que deveriam ser bem avalisadas.

Há a percepção da possibilidade de se estar à espera de enganar a UEFA e a FIFA que foram chamadas para tratar do problema nacional, quando nunca deveriam ter sido chamadas.

Houve um atestado de menoridade quando alguém em Portugal se dirige a organismos internacionais e lhes perguntam se o que estão a fazer no seu nível de subsidieridade está bem, porque a partir desse momento passam a depender e a não ser soberanos.

O poder desportivo da principal modalidade desportiva é fraco e disso foi dado conhecimento internacional.

Se no fim disto tudo alguém se recandidata e sacode a chuva das suas acções é porque ao mais alto nível não se quer saber o que se passa, nem querem problemas com uma modalidade ou com os agentes que estão no sector.

O mesmo é dizer que o desporto está isolado e abandonado e tem de partir de si uma nova orientação e visibilidade perante a sociedade e, como se vê no caso presente, perante a Europa e o mundo.

O desporto português necessita de boas instituições para permitir beneficiar de melhorias como sejam a maior democraticidade dos órgãos directivos das federações.

Se o objectivo é um princípio político, como a introdução de democracia, e ele levanta as desconformidades tão evidentemente prejudiciais que podem afectar clubes e selecções, então há que repensar os instrumentos de introdução da democracia.

Se se considerar que não é tragédia a FIFA não actuar sobre a FPF e os estatutos aprovados na generalidade entrarem em vigor, alguém sabe dizer qual a validade formal desse instrumento jurídico aprovado na generalidade e com menos três artigos na especialidade e que serão fulcrais para a dita democracia?

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