sexta-feira, 18 de março de 2011

A economia dos grandes clubes portugueses

Os grandes clubes portugueses Benfica, Sporting e Porto criaram uma economia que tem qualidades e que deveria ser defendida.

O Manifesto dos sportinguistas
António Fidalgo
João Barata
Luciano Amaral
Luis Sousa
Miguel Poiares Maduro
Pedro Fajardo
Pedro Lomba
Pedro Sousa
 
é apelativo para desenvolver algumas ideias sobre a racionalidade ecoonómica destas organizações económicas que são únicas na Europa e no mundo.
 
Estes três clubes portugueses têm a capacidade de todas as épocas desportivas terem uma equipa estabilizada e venderem os seus melhores jogadores, e apenas os melhores, e competir com outra equipa no ano seguinte.
 
Ninguém na Europa o faz porque apenas Portugal possui o saber comprar, desenvolver e vender contratos de jogadores de futebol conseguindo classificar-se como um dos melhores países europeus relativamente à sua dimensão humana e económica.
 
Se se considerar a proporção relativa entre os resultados do futebol e o restante produto desportivo, a distância ainda é maior do que noutros países e coloca certamente Portugal em primeiro lugar, porque apenas produzimos futebol enquanto os outros países europeus possuem uma massa critica humana, económica e desportiva superior à portuguesa.
 
Porém, os clubes estão em risco porque têm trabalhado com a magnífica criatividade e liberalidade dos seus dirigentes e adeptos o que se, por um lado, tem gerado resultados internacionais razoáveis, por outro, irão arriscar as novas leis da UEFA relacionadas com o fair-play financeiro, para além das dificuldades de resolverem características nacionais prejudiciais principalmente ao nível institucional e de governance.
 
Neste domínio os clubes portugueses necessitam de trabalhar com uma base de associativismo desportivo de base em vez de gerarem uma tragédia dos comuns ao nível das classes sociais carenciadas.
 
A captura sistemática das externalidades e dos talentos formados pelo associativismo de base impede estes pequenos e micro clubes de internalizarem os benefícios da sua actividade que é única e insubstituível.
 
São estes clubes que formam as populações consumidoras do desporto de alto rendimento gerado pelos grandes clubes.
 
Em Portugal a iliteracia desportiva gerou a aceitação irracional pela geração de capital financeiro por estes grandes clubes, aceitando a morte dos pequenos e micro clubes, que debilitam o desporto nacional, e impossibilitam a criação de capital humano e social para suportar o aumento da produtividade de Portugal em múltiplos domínios.
 
Reafirmo uma vez mais que a economia dos grandes clubes portugueses é única no mundo e que é a ciência, nomeadamente a económica, que lhe podem dar uma mão para ser assertiva no sucesso europeu no século XXI.

Sem comentários: