sexta-feira, 8 de abril de 2011

Teixeira dos Santos compreendeu que o modelo tinha chegado ao fim

A constatação dos banqueiros da impossibilidade de comprarem dívida soberana assinalou o fim do modelo económico em que assentou o desenvolvimento nacional das últimas décadas.

Os bancos foram o suporte económico do regime assegurando o financiamento imobiliário, que lhes permitiam interiorizar as garantias do património edificado pelas famílias e empresas, e dando ao Estado, em contrapartida das garantias públicas, os financiamentos para os projectos não transaccionáveis como as auto-estradas, escolas, hospitais, submarinos, helicópteros, tanques, armas e mega-eventos desportivos, culturais e políticos.
Fernando Ulrich (FU) tem uma frase clara desta realidade ao Expresso, aqui, quando diz que Teixeira dos Santos pretenderia que os bancos continuassem a financiar o modelo de governação.
Diz FU que “Percebi que o Governo não tinha condições para se financiar porque estava a pensar que eram os bancos que o iam suportar indefinidamente”.
FU não explica porque é que o Governo haveria de manter tal concepção das relações entre os bancos e o Governo e essa é a parte interessante.

Se o desporto aprofundasse o conhecimento da sua utilidade para o modelo de produção do país poderia chegar a conclusões próximas das de FU.
O desporto português não se questiona sobre a sua razão nacional, de ser económico ou do social e, por isso, é-lhe indiferente que o país viva ou morra dado não conceber que tenha uma função a mpreencher num processo de produção social.

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