sexta-feira, 15 de abril de 2011

Saber usar a palavra, saber entrar, saber sair e saber governar o país

Adriano Moreira, aqui, refere como é fundamental para um presidente saber usar a palavra.

O constitucionalista Jorge Miranda afirma que o presidente da república deveria ter demitido o governo depois do seu discurso de tomada de posse ou o governo deveria ter-se demitido ou o presidente deveria ter promovido o entendimento entre os partidos.

O PS depois do fracasso da tragédia grega na versão do 'ritual da cicuta' irá possivelmente passar à tragédia romana na versão 'também tu Brutus?'.

No congresso observou-se a versão da tragédia segundo os espanhóis quando António Vitorino e António Costa clamaram por José Sócrates mais alto do que a oposição. No final do franquismo dizia-se: 'Franco mais alto do que Carrero Blanco', quando este foi assassinado com uma bomba que projectou o carro em que seguia para o telhado de um convento onde foi-lhe dada a extrema unção...


Definitivamente nós estamos mal connosco próprios.

O gozo dos nossos políticos e de Portugal na Europa e no mundo, ver aqui uma cena atingindo o presidente do PSD, é equivalente ao que fazemos quando apreciamos os males dos outros. Não é de estranhar os povos europeus actuarem como nós fazemos.

O mal é nosso.

O que ressalta é que a precaução de ter evitado a bancarrota em primeira instância, o PS tendo falhado como falhou porque se tornou morbidamente obeso e está sem reflexos vitais, os sinais de alerta e os instrumentos de democracia do presidente da república, à Assembleia da República, aos partidos da oposição, à comunicação social e demais instituições foram incapazes de realinhar o país com a governance europeia.

O que está a acontecer é que a(s) alternativa(s) não se distingue(m) na obesidade mórbida sendo incapaz(es) de colocar hipóteses claramente a visão europeia.

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