sexta-feira, 15 de abril de 2011

A festa da Taça Europa e o momento político português

O desporto tem destas coisas e o futebol português mais do que as outras modalidades é a modalidade que galvaniza e faz por estimular o país ao topo desportivo.

Todos os países têm uma modalidade igual ao nosso futebol.

Alguns países conseguiram criar mais do que uma.

Tivesse a política desportiva apostado na última década em objectivos europeus fazendo o Euro 2004 e sabendo reformar e projectar o país para as médias desportivas europeias e hoje o desporto conseguiria ser um instrumento extraordinário para o momento de crises que vivemos.

O país agradeceria a afirmação do orgulho nacional através do futebol uma actividade em que todo o português conhece bem todos os inimigos e uma vitória tão escassa, quando se sabe hoje que as vitórias ficam todas nos grandes países do futebol europeu, isso seria um lenitivo nacional e uma afirmação europeia e mundial no momento certo.

O desporto vai 'fazer a festa' pontual e não vai alavancar em seu benefício os resultados obtidos porque o modelo vigente irá externalizar os benefícios gerados pelo trajecto do clubes e na final de Dublin para alguns ganhadores e será incapaz de internalizar visando o bem-estar social.

Sem maximizar a vitória e a presença das três equipas num espírito e num orgulho único em torno do futebol e do desporto o país não identifica quem é o produtor de quem tem uma dívida e que é a população portuguesa e o seu associativismo desportivo.



Nenhum partido apresenta ideias para o desporto e a vitória portuguesa vai arder como um fósforo.

Qual será o partido que na grave crise que vivemos será capaz de dizer que temos de mudar de política e as medidas de austeridade devem ser melhor pensadas no caso do desporto, evitando lugares comuns e outros economicismos.

No desporto não há boas instituições e não há confiança no modelo existente, assim como, não existe capital humano consubstanciado em liderança esclarecida capaz de dizer ao país qual vai ser o caminho e o país não vai aceitar e passar o cheque com o dinheiro necessário para modificar os vectores estruturantes do desporto português a partir da própria situação de crise em que vivemos porque isso é o que faz maximizar o produto do desporto como solução para a crise e não como crise dentro da crise, tal como o desporto português é visto actualmente.

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