quinta-feira, 7 de abril de 2011

O modelo de desenvolvimento desportivo em vigor

Por vezes o debate nos blogues tornou-se agreste fruto de posições contraditórias entre o modelo de desenvolvimento prosseguido pelo PS e o de pessoas que sem estarem sujeitas a um modelo partidário encontravam limitações no modelo em vigor.

Há vários pontos que é relevante afirmar para se encontrarem soluções alternativas e profícuas.
  1. O modelo do PS foi pensado de acordo com a história desportiva nacional e corresponde fielmente ao interesse que se formou entre o PS como Governo, o associativismo desportivo, a universidade e empresários do desporto.
  2. A economia e a sociedade compraram o modelo sem o discutir anestesiados pelo maior feito do desporto português o Euro2004 e as doses maciças de 'soap-opera' diária em versão Pinto da Costa, o cão e o gato.
  3. Quem consumia desporto, continuou a fazê-lo, quem não consumia o desporto que era oferecido não tinha voz para questionar o modelo vigente.
  4. As pessoas como os técnicos, os líderes, os políticos, os investigadores, as escolas de pensamento e todos os recursos humanos e organizacionais colocados ao serviço do modelo foram os melhores nas suas áreas específicas e constituíam o capital suficiente para levar o modelo ao seu sucesso específico.
  5. Eles tiveram uma performance à altura da expectativa.
  6. Os que de início levantaram dúvidas foram afastados, depois mandados calar, foram vilipendiados, igualmente, rudemente ameaçados e outras coisas.
  7. Em desespero de causa 2009 foi o ponto máximo.

O problema do modelo do PS foi basear-se no passado e não olhar para a Europa e para o futuro. 


Três perguntas podem colocar-se:
  1. Teria sido possível ter feito melhor na actual e nas legislaturas imediatamente anteriores?
  2. Teria sido possível ter produzido mais desporto?
  3. Teria sido possível Portugal produzir mais desporto e convergir efectivamente com a média europeia?

Eventualmente poderá haver quem diga que politicamente foi extraordinário e que quanto ao produto desportivo não havia possibilidade de produzir mais desporto porque o país é pequeno, porque a Administração públic financia muito o desporto e porque no desporto há muito dinheiro.

A resposta que será interessante responder é se efectivamente o modelo do PS visou produzir mais desporto e se todos os modelos e submodelos anteriores de que o modelo do PS é o herdeiro visaram produzir mais desporto ou se o objecto foi manter sem expressão económica e social o desporto nacional.


As questões a colocar para o futuro relacionam-se com o novo modelo introduzindo variáveis éticas, de democracia e governance europeia, técnicas e científicas que estão afastadas do modelo em vigor em Portugal há vinte anos.

Um novo modelo de desenvolvimento, centrando-se na produção desportiva da população, tem condições de sucesso por se dirigir a vertentes técnicas e a princípios não exploradas pelo modelo vigente.

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