quarta-feira, 27 de abril de 2011

As infra-estruturas desportivas de Matosinhos

Aqui, descreve-se que a Câmara de Matosinhos aprovou a aquisição, a prestações, dos estádios do Leça e Leixões.

A comunicação social também anuncia a venda de três jogadores jovens do Leixões ao Benfica.

A história tem todos os ingredientes para deixar o Pacheco Pereira 'aos berros'. Evidentemente que o PP 'aos berros' é uma contradição nos termos.

O facto de Narciso Miranda ter votado contra e Guilherme Aguiar a favor são elementos de enriquecedores do processo.

Vejamos muito sucintamente alguns elementos:
  1. Há muitos clubes falidos e os seus líderes nada fazem;
  2. As estruturas do futebol não resolvem estes problemas que decorrem há muito tempo;
  3. Os estádios e espaços de prática são apetecíveis para os empresários do imobiliário por estarem no centro das cidades e terem um valor patrimonial significativo;
  4. As instalações desportivas são um capital público que pertence às respectivas populações e não é curial que os políticos locais ou centrais não criem condições para a manutenção desses espaços como capital público; 
  5. No passado quando as câmaras permitiam ao clube vender os espaços directamente aos empresários do imobiliário;
  6. A Câmara vai comprar a prestações o que é muito estranho no período de crise que atravessamos e face à enorme dívida que a Câmara de Matosinhos já tem;
  7. Haverá a possibilidade daqueles terrenos valerem mais do que o preço da compra?
  8. Na Europa esta venda de espaço desportivo para o imobiliário é proibido pelos lucros imorais que geram em benefício de um conjunto de pessoas e à custa do património público;
  9. À partida a Câmara de Matosinhos irá pagar um preço razoável, mas não se conhece quem avaliou o preço...
Um caso a acompanhar tanto na perspectiva da falência dos clubes envolvidos, da situação da Câmara de Matosinhos e do destino do património desportivo pertencente à população de Matosinhos.

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