sábado, 16 de abril de 2011

Funcionários e funções: a doença dos custos

Ouvimos falar de despedimentos na função pública para combater o défice e nada é tao errado como esta obsessão com o emprego de pessoas que garantem actividades fundamentais para uma democracia política moderna possa funcionar.

As pessoas que falam de despedimentos na função pública ignoram um conceito que se chama 'doença dos custos'.

Há actividades como o desporto, a cultura, a educação e a saúde que não aumentam a sua produtividade ao contrário por exemplo o fabrico de carros que permite que, desde o início do século passado, os carros que demoravam meses a serem construídos, actualmente levem segundos e fracções de segundo em média.

Há sectores cuja produtividade pode subir em exponencial garantindo milhões aos seus proprietários enquanto outros sectores necessitam do mesmo número de pessoas para funções iguais ao longo dos tempos.

Uma peça de Mozart ou Bethoven tem o mesmo número de artistas hoje e há séculos quando foram compostas.

Um jogo de futebol ocupa 11 jogadores desde que o modelo foi instituído no início do século passado.

Os maiores empregadores na função pública são funções que nenhum empresário privado está dispostos a pagar, porque estas actividades públicas têm a chamada coença dos custos.

Porém, é possível melhorar a performance dos funcionários e os críticos que advogam o despedimento na função pública fariam melhor em observar as funções essenciais da administração pública e principalmente a capacidade das chefias para liderarem os departamentos públicos.

O fracasso da administração pública portuguesa está na fraca capacidade de liderança dos quadros partidários que são colocados no topo da hierarquia da administração pública e são incapazes de obter a produtividade devida aos funcionários que têm sob a sua liderança.

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