domingo, 3 de abril de 2011

Com as eleições o desporto tem uma vida diferente

Não se trata de fazer um juízo de valor sobre o passado ou sobre o futuro do que se passa no desporto.
É relevante para o desporto português olhar para o que acontece e dizer uma palavra procurando relacioná-la com a realidade do produzido e o futuro melhor.
É o que vai acontecer com os programas dos partidos tanto na parte atribuída por cada partido ao desporto e, igualmente, ao que de resto for surgindo.
A orgânica do Governo é importante porque dela vai depender como é que o Estado vai pensar e actuar no desporto nesta legislatura.
A experiência do passado mostra como a Educação de Roberto Carneiro deu independência ao desporto e como anos depois com o Caso INDESP essa independência foi progressivamente retirada tornando a orgânica do desporto no Governo uma matéria de relevância exclusivamente jurisdicional.
Por outro lado, o desporto deve procurar alianças e cumplicidades noutros sectores. A Cultura é um parceiro interessante porque teve uma estratégia que lhe permitiu crescer em múltiplos domínios, valorizou a sua imagem social e vai perder estatuto na sanduíche de Educação e Ciência, segundo diz o Epresso.
O Desporto e a Cultura possuem dimensões equivalentes e do ponto de vista da essencialidade nacional do seu produto servem a totalidade da população, produzem excelência global, o desporto garante vidas longas e condições de apropriação de vida sustentáveis e a cultura permite um máximo de condições de conhecimento.
Era positivo que o desporto conseguisse dizer palavras positivas em relação a este cluster nacional único, junto da comunicação social e com repercussões na opinião pública.

A criação do cluster poderia ter duas configurações alternativas:
  1. A criação de um ministério da Cultura e Desporto
  2. A criação de uma Secretaria de Estado da Cultura e Desporto no seio de um ministério com outros sectores.

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