terça-feira, 26 de abril de 2011

A palavra aos políticos: critérios para a apreciação dos seus programas

O desporto tem de produzir mais produto.

O novo modelo económico do desporto português tem de ser eficiente para produzir mais desporto com o mesmo ou menos dinheiro.

Provavelmente terá que mexer na sua estrutura de produção, gerando economias em projectos que agora são ineficientes e concentrando os recursos escassos em projectos com maior potencial ou nos locais de maior carência.
Também não se trata de relançar a economia do desporto português porque este nunca teve uma economia lançada.

O desporto português necessita de uma economia capaz de produzir desporto segundo a estrutura e a racionalidade económica europeia.




São soluções para este modelo de produção desportiva nacional que deve ser pedido aos partidos que proponham aos eleitores.

Como esta solução de eficiência nunca foi exigida aos partidos políticos para o fazerem quando a economia e os meios financeiros fluiam abundantemente, agora tem de se pedir uma racionalidade capaz de responder positivamente, na óptica dos agentes privados desportivos, às restrições introduzidas pelos negociadores internacionais que talvez não tenham o desporto na primeira das preocupações.




Por exemplo, olhemos para os programas dos partidos que aí vêm quanto ao:
  • Interesse em corrigir as políticas erradas;
  • Comprometimento na inovação das instituições privadas do desporto;
  • Desburocratização, simplificação e eficiência administrativa privada e pública;
  • Valorização das estruturas de regulação privadas quanto à sua desconcentração para um tecido associativo e empresarial competitivo;
  • Incentivos à prática desportiva baseada no associativismo e nas organizações económicas e sociais de base;
  • Existência de políticas claramente envolvidas com o bem comum através do desporto;
  • Resolução dos problemas com as infra-estruturas desportivas que estão mal concebidas, por excesso, por carência de consumo, por incapacidade de liderança técnica, por falta de estatísticas e de estudos, etc;
  • Incentivos aos recursos humanos diferenciados em toda a estrutura de produção desportiva da base ao topo;
  • ...

A produção do produto desportivo é o elemento que os partidos políticos portugueses trabalharam deficientemente nos últimos 30 anos não gerando o seu potencial nacional nem respondendo às suas carências.

Valerá a pena analisar os programas e votar naqueles que consigam demonstrar um envolvimento sério com o produto desportivo para alcançar as médias europeias.

As medidas direccionadas para o produto alavancarão as melhores estruturas federadas e que projectarão o seu produto em todos os níveis de produção da base ao topo.

Os programas dos partidos que realçarem resultados no alto rendimento devem ser tomados com cautela porque esse tem sido o receituário tradicional para a estagnação desportiva nacional.

Durante os últimos 30 anos apostámos mal nos resultados do alto rendimento gerados por investimentos públicos milagrosos.

O nosso último lugar europeu demonstra como esse objectivo fracassou.




Agora cabe a palavra aos políticos do desporto para conceberem a política de desporto equivalentes às que tiveram sucesso na União Europeia nos últimos 60 anos.

A 5 de Julho chegará a vez dos eleitores escolherem o modelo e a política que preferem.



Mais tarde chegará o programa de Governo.

Vamos avançando passo a passo.

Sem comentários: