terça-feira, 5 de abril de 2011

À atenção do futuro Governo maioritário

O Desporto necessita de um líder nacional visionário, carismático e equilibrado capaz de definir um rumo ético e patriótico assumindo esse propósito com intransigência e atento ao que se passa no país e no mundo.
Não chega ser do partido da maioria, da família do líder máximo, chegado ou da confiança do barão das obras feitas, da família da mulher do deputado da AR ou ter a inscrição em dia na loja lá do bairro.

Isto é estar a pedir muito mas o desporto arrisca-se a perder futuro se não conseguir mudar de vida e para isso necessita mais de um líder, do que de um patrão ou um membro influente do partido.

Quanto a membros dos partidos, o desporto sempre os teve e está na caudada Europa.

Era bom o desporto mudar de ares.

O líder do desporto deve ser definido em função da nação e de princípios a partir dos quais equacionará o produto desportivo em benefício estrito e superior da população portuguesa.
A sua capacidade de liderança deve compreender o diálogo com os académicos das universidades, os capitães da indústria, economia e turismo, os pedagogos da educação, os Damásios e Lobo Antunes da saúde, os doutores das igrejas, os voluntários das IPSS e os patrocinadores inveterados, para além de possuir uma curiosidade insanável em relação a tudo o que de melhor se faz na Europa e no mundo com o desporto moderno.
O seu relacionamento com os ministérios, todas as federações, organizações empresariais e organismos internacionais deve ser suportado por uma equipa de doutores e especialistas do desporto esfomeados pelo potencial de desporto português.
O Modelo Europeu de Desporto deve ser um dos seus pregões para criar condições do seu desenvolvimento pleno em Portugal.
Cientificamente deverá ter a capacidade de promover as melhores soluções de entre as complexas alternativas colocadas por investigadores empenhados e sérios produzindo em competitividade e transparência entre os melhores tal como é exigido aos praticantes de todos os níveis competitivos.
Saber concatenar e potenciar as preocupações dos agentes privados e os objectivos definidos a partir dos princípios nacionais, europeus e mundiais é um trabalho que lhe consumirá tempo e dinheiro do seu orçamento escasso.

Não há a necessidade de prolongar mais a lista de ‘mercearia’ desportiva sendo certo que apenas a visão desinteressada e o envolvimento humano pleno poderão interessar e gerar os melhores resultados procurados pelo Governo de maioria.

Este conjunto de ideias não é o espelho de ninguém nem muito menos a crítica a alguém.

Este personagem não existe e trata-se apenas de alertar para a necessidade de encontrar um português capaz de fazer um cargo díficil e de elevada dimensão moral, humana e social de entre tantos outros cargos.

Sem comentários: