quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quanto vale uma vida afogada no mar, na albufeira, no rio ou na piscina nova lá de casa

Como em demasiadas coisas Portugal valoriza pouco as vidas dos jovens e dos adultos que estando fisicamente bem se aventuram na água sem as competências ou o respeito que lhe é devido.

Foi desenvolvido o Programa sobre o Mar tendo altos patrocínios do Presidente da República e do Governo e os jovens portugueses continuam a 'morrer como tordos' atraídos pela água onde os espera uma morte certa porque não possuem as valências que lhes permitem tirar o maior partido desse capital indiscutivelmente português.

Portugal tem programas para imensas coisas e não tem para salvar a vida da sua população que por ignorância ou por negligência própria ou de terceiros cedem à água e aos seus atractivos.

As centenas de mortes anuais resultantes de acidentes na água são milhares com o passar dos anos e que se estendem a aspectos inadmissíveis como:
  1. As federações aquáticas que não dão um programa completo de ensino da natação e de respeito pelas actividades aquáticas direccionado para toda a população;
  2. As piscinas nas vivendas onde se afogam os bebés por desleixo e incúria de familiares e empresas vendedoras deste tipo de equipamentos;
  3. Os pescadores que não usam os coletes quando se fazem ao mar e que segundo a autoridade marítima ajudaria a salvar vidas;
  4. ...
Estes casos possuem algum trabalho bem feito como a Câmara Municipal de Lisboa, que pretende que todos os alunos do primeiro ciclo saibam nadar e a Câmara Municipal de Cascais também com um programa marítimo trabalhando com várias federações.


Como equacionar um programa para salvar a vida dos portugueses e tornar mais efectivo o seu aproveitamento do convívio com o mar e a água?
  1. Fazer a contabilidade de todos os mortos, aleijados e prejudicados por acidentes com a água nos últimos dez anos em Portugal;
  2. Accionar um programa de largo espectro com um ponto de ancoragem no programa do Mar que Hernani Lopes deu um contributo significativo;
  3. Fazer o programa que usando recursos públicos exemplares seja atraente para as empresas e os patrocinadores com base num slogan direccionado para a valorização dos portugueses e com um forte impacto mediático nacional e nos locais de maior usufruto da água e do mar;
  4. Atrair maciçamente a comunicação social ao programa
  5. Articular a actuação da administração local, dos clubes e empresas e das escolas;
  6. Juntar o desporto e a juventude, a educação, a saúde e as autoridades marítimas para estruturarem a produção de resultados medidos regularmente a par da reavaliação do efectuado e dos seus resultados;
  7. Mobilizar a indústria de material desportivo relacionada com o mar e as águas das piscinas, às canoas Nelo e aos equipamentos do têxtil ao calçado;
  8. Incentivar os clubes e o voluntariado das populações;
  9. ...

Fazer agora ou esperar pelas negociações internacionais e a formação de um Governo de maioria?

Diga você se acha estas medidas são para ontem ou para depois de amanhã?

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