sábado, 18 de junho de 2011

São todos portugueses

Fernando Pimenta, João Ribeiro, Emanuel Silva e David Fernandes, fazem parte da equipa K4 que ganhou a medalha de ouro em Belgrado, ver aqui.

Na canoagem e no rugby há notícias que demonstram que o desporto português está a apurar o capital com que se compete no topo mundial.

Para os homens do desporto a altura dos portugueses tem sido uma limitação e sabem que os Holandeses e pequenos estados como na Croácia existem populações mais altas ao nível europeu.

Esta não é a minha área, e as pessoas do desporto indicam-me que o atletismo conseguiu resultados com jovens oriundos familiarmente de países africanos, nas chamadas disciplinas técnicas, e agora surgem os oriundos de países de leste.

Não sei o que aconteceu no voleibol e parece que conseguiram ultrapassar a altura dos portugueses.

É de notar uma vez mais que a canoagem consegue, não um talento jovem esporádico e que qualquer que tenha sido a razão e que importaria analisar o caso do triatlo, mas a canoagem consegue uma equipa de 4 e todos com um desenvolvimento físico bem claro na foto do jornal i.

Há talvez uma outra explicação para alguns dos resultados em equipas de desportos colectivos e se relacionam com a capacidade dos treinadores portugueses que está a subir, de que Queiroz e Moniz Pereira foram fundamentais, e a conseguirem compreender melhor o capital humano e desportivo que têm nas mãos e a dar-lhe níveis de rendimento suportados por conhecimentos científicos e técnicos mais evoluídos, para além do benefício de treinadores estrangeiros como no caso da canoagem e do voleibol.

Estas notícias são um desafio para o novo governo para compreender o que se está a passar de bom que deve ser protegido e fomentado.

As variáveis são múltiplas e a sua operacionalização apenas se realizará com análises que vão ao âmago dos processos em toda a cadeia de produção desportiva nacional desde a escola aos níveis de topo.

Estamos a falar da afinação da máquina de produção desportiva nos limites do alto rendimento onde se conquistam as medalhas mundiais e olímpicas.

Parece-me com isto, e para acabar, que esta realidade não deve querer dizer que está tudo bem.

Para suscitar e promover o desenvolvimento sustentado há a necessidadede processos de trabalho que eu não tenho observado. Certamente que haverá pessoas que poderão dizer que não são importantes esses procedimentos novos para além dos que já existem.

Deixo os sinais óptimos e a minha leitura de um quadro que é complexo e merece uma abordagem que convença a sociedade portuguesa de um desenvolvimento sustentado para o nosso desporto.

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