terça-feira, 21 de junho de 2011

Álvaro Santos Pereira está enganado

No blogue Colectividade Desportiva, aqui, um anónimo cita:

'Álvaro Santos Pereira - Ministro da Economia - in "Portugal na Hora da Verdade", pág. 323: 'E se fôssemos um pouco mais longe e, para além destes cortes, extinguíssemos organismos como o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres e o Instituto da Construção e do Imobiliário, cortássemos para metade as despesas do Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça e do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, e em 20% as do Instituto do Desporto(...)'.

Há três questões em relação à afirmação de Álvaro Santos Pereira nesta citação:
  1. Não tem razão em relação ao desporto porque o impacto seria mau e com impactos negativos de ainda maior expressão noutros ramos inclusive na economia. Acontece que ASP não fará a ideia do que é economicamente o desporto europeu e em particular o português. Em concreto do ponto de vista económico, e até prova em contrário, os seus conhecimentos relacionam-se com o modelo de desporto americano o que é limitativo da sua compreensão do modelo de desporto europeu.
  2. Estas afirmações deveriam ser confrontadas pelos líderes desportivos com provas das consequências da medida proposta. O desporto não tem os líderes e não tem as equipas de conhecimento para elaborarem os processos para informação ministerial do que fazer para que o país e os outros sectores beneficiem do desenvolvimento sustentado do desporto.
  3. A homogeneidade de princípios de actuação deste governo tem duas hipóteses contrárias:
    1. Constitui uma equipa conhecedora do desporto português e das alternativas de desenvolvimento e aplica as medidas de austeridades mediante filtros capazes de projectarem o desporto português corrigindo os fracassos actuais e promovendo o bem comum.
    2. Constitui uma equipa estritamente fiel aos princípios de austeridade e suporta a prazo um sucesso equivalente e mais do que proporcional ao dos últimos seis anos de governação José Sócrates.
Em síntese:
  1. as ideias preconcebidas sobre o desporto são muitas e algumas são muito prejudiciais ao desporto
  2. o desporto não tem líderes à altura da crise, visão, estratégia, nem capital humano ao nível do exigido pelas crises
  3. o futuro está todo na actuação no governo PSD/CDS

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