quarta-feira, 29 de junho de 2011

Numa segunda leitura sobre o programa do XIX governo para o desporto

Creio que o PS poderia assinar este programa.

Falta mercado privado ao programa do PSD, falta a protecção social da igreja à participação do CDS para o desporto.

Há a afirmação dos mega-eventos, a aspiração de Portugal se candidatar aos Jogos Olímpicos como Alexandre Mestre refere que é possível, e do aproveitamento da diplomacia económica para os grandes atletas, uma possível inspiração do CDS.

Estas são propostas do corporativismo do turismo sobre o desporto e a cultura na busca de conteúdos para entreter turistas e acumular valias nas viagens, restauração e dormidas. Este modelo económico tem décadas e tem sido prejudicial ao desporto, porque o turismo ganha os lucros dos eventos e o desporto paga as facturas dos estádios e dos custos de representação das federações internacionais. Falar em megaeventos desportivos e não falar da transformação da estrutura do seu financiamento soa a más recordações para os líderes desportivos que forem avessos ao risco.

O desafio é que a liberalização do desporto se tem de fazer por moldes que o programa não toca.

O PS, ou faz oposição a sério ao PSD/CDS nas políticas desportivas, ou quando conseguir chegar outra vez ao poder não vai ser capaz, como se observa neste programa, de apresentar uma alternativa corajosa e claramente inovadora e consensual para a sociedade e os mercados.

Afinal há alguém do PS, algum anónimo que seja capaz de trazer luz a este desporto metido numa camisa de muitas varas? Ou está o PS à espera que outros façam o seu trabalho de oposição, como outros partidos fizeram no passado?

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