terça-feira, 14 de junho de 2011

Qual o nível de reformas para o desporto português

Cortar a fundo ou trabalhar decididamente um projecto de grande complexidade e sensibilidade?

Em Portugal muitas reformas são radicais pelo âmbito e incidência que assumem, por exemplo, quando alteram a orgânica ou a estrutura legal e quando não aborda as características essenciais do sector a que se aplicam como tem acontecido no desporto.

Há fracassos da produção desportiva para a população que não encontra nas leis e nos procedimentos de política desportiva uma solução útil.

Ao atacar a democraticidade interna das federações há a possibilidade de se ter deixado sem tratamento a actuação das mesmas federações no mercado do desporto, tanto mais quanto as mesmas federações são financiadas pelo Estado para atingir objectivos de produção desportiva que são desconhecidos da opinião pública e pela opinião desportiva em particular.

Se há federações como a de Rugby e a de Canoagem que recentemente produzem resultados crescentes no alto rendimento o mesmo não se consegue perceber na Natação e no Andebol.

A complexidade da produção desportiva pelo nível alcançado no Futebol e no Atletismo exige instrumentos de um nível de detalhe que outras federações ainda não exigem.

Não há Magnas Cartas que corrijam de uma vez por todas!

Nas legislaturas anteriores foram feitas leis de bases e centros de alto rendimento tanto para federações que deles necessitam como para outras de grande perplexidade como a Parkalgar e o automobilismo.

Investiu-se em tempo e muitos milhões de euros de recursos escassos, ao mesmo tempo que se observava que o alto rendimento fracassava em múltiplos domínios no acesso aos Jogos Olímpicos, nos Jogos Olímpicos, no conceito de desenvolvimento sustentado para os Jogos Olímpicos e no pós-Jogos Olímpicos.

A política desportiva tem de ser sensível às necessidades da estrutura da produção desportiva, tanto privada como pública.

Uma nova política desportiva deverá ter o domínio do conhecimento, da democracia, da concepção e criação de estruturas exemplares (organizativas, técnicas, científicas) tanto para a base, o informal e os micro-clubes, para o nível amador intermédio e para o topo, alto rendimento e profissional.

Já falta pouco para compreender o que se vai passar na legislatura do PSD e do PP.

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