terça-feira, 28 de junho de 2011

Programa para o desporto do XIX governo (versão revista)

Um link para o pdf está aqui.

Sucintamente aqui ficam notas sobre o programa:
  • creio ser um documento com alguns bons momentos e surpresas
  • nos objectivos estratégicos fala do aumento da participação desportiva, no modelo de colaboração entre agentes(???) e na ética
  • nos objectivos
    • fala num programa que começa na prática ao longo da vida e cai nos talentos (que deviam ser um ponto à parte)
    • depois entra no alto rendimento
      • estudante atleta
      • carreiras duais
      • apoios públicos considerando o contexto macroeconómico(???)
    • quanto ao financiamento
      • mecenato
      • direitos desportivos (???)
    • distingue dois factores de produção
      • formação com universidades e federações
      • infra-estruturas visando integral aproveitamento
  • refere a revisão pontual do ordenamento jurídico e tribunal arbitral
  • reformula conselho nacional desporto
  • interliga o audiovisual público e o desporto
  • cria um sistema nacional de informação(???) e estatística desporto
  • internacionalmente quer megaeventos, aí vêm os Jogos Olímpicos de Lisboa e uma nova figura do programa de embaixadores uma aproximação à diplomacia económica
Críticas  várias:
  • O programa não tem estatísticas,compreende-se porque diz que as vai criar mas o 'atlas' desportivo é uma pomada peculiar dos documentos programáticos do desporto português que tem décadas. Nunca ninguém os viu mas o bloco central do desporto gosta da terminologia que não se usa e perturba.
  • O programa não fala da subsídio dependência, não fala da avaliação do desempenho como fala o programa do governo noutras áreas.
  • Outro dos grandes silêncios é a miseranda orgânica pública e a privada.
  • Para um governo que quer dinamizar a administração pública há muitos cacos que ou o governo trata a fundo para os reformular ou com as medidas de austeridade vai ter uma estrutura impulsionadora da ineficiência vigente de uma forma particularmente para o associativismo e os ginásios.
  • O desporto escolar é referido duas vezes, uma delas falando dos talentos, mostrando a tendência para a protecção do alto rendimento, e ele deveria ser um elemento crucial de uma visão inovadora. Perdeu-se a oportunidade. Não há ideia concreta do que fazer com o desporto jovem e as afirmações feitas suportam tudo.
 Conclusão:
  • A ideia que dá é que quem fez esta parte do programa está com medo de trazer o progresso, a racionalidade e a modernidade para o desporto.
  • Nas entrelinhas deixa-se que a lei de bases vai ser revista o que é de bom senso.
  • No seu todo o documento está acima da média, tem habilidade naquilo que diz mas falta-lhe ambição.
  • Não nos esqueçamos que um dos partidos do governo não tem programa eleitoral em 2011 para o desporto e que no seu todo nenhum partido da oposição foi digno desse nome durante a legislatura que passou.
  • Concordo com Laurentino Dias ao aconselhar muito trabalho durante a legislatura.

Sem comentários: