terça-feira, 14 de junho de 2011

Não faz bem ao desporto trabalhar para o calendário eleitoral

As questões no desporto têm de ser realizadas com o escrutinio próprio do sector.

Os atletas de alto rendimento são sujeitos a provas de aptidão únicas em todos os sectores da actividade e todos os sectores competitivos procuram ter sistemas tão completos quanto os do desporto.

Por exemplo, os cientistas sociais analisam o desporto para compreenderem a forma de replicarem a essência das competições desportivas noutros sectores.

Os cientistas portugueses garantem que nenhum sector é tão sujeito a auditorias como a ciência razão porque eles são capazes de apresentar excelentes produtos e instrumentos para o aumento da produtividade nacional.


Hoje encontramos na parte desportiva do Público várias notícias que mostram que há algum trabalho a fazer neste domínio no desporto nacional.

Por exemplo a notícia sobre Vanessa Fernandes diz que 'Paulo Colaço tornou-se treinador de Vanessa Fernandes em Novembro de 2009, depois de uma temporada muito atribulada e da ruptura da atleta com Sérgio Santos, então seu treinador e director técnico da Federação Portuguesa de Triatlo.
“Todos exigimos de mais da Vanessa. Ela era a cara de Portugal no estrangeiro e todos os portugueses se reviam nela e exigiam de mais de uma atleta tão jovem”, referiu o treinador, em declarações à Lusa.
“Todos nos esquecemos que o descanso é tão importante como o treino e a Vanessa esteve demasiado tempo sem tempo para descansar. Qualquer cidadão em situações normais precisa de repousar após uma fase mais dura, quanto mais uma atleta como ela que competia frequentemente nos mais diversos pontos do mundo”, defendeu o professor da Universidade do Porto.'

Estas afirmações são claramente indiciadoras de uma actuação lesiva da atleta e de que não se conhecem as responsabilidades que deveriam ser avaliadas cientificamente.

O potencial de uma atleta é destruído e o actual modelo de alto rendimento limpa o que foi feito sem uma análise capaz de tudo o que se passou.

Quando se pede a um atleta que dê o seu máximo de tal forma que ele é marcado para a vida quer tenha ou não sucesso, todo o modelo de produção tem de ser escrutinado se há um desastre e se há sucesso. no primeiro caso para evitar a sua repetição e no segundo caso para o replicar e adaptar a outras situações.

Ainda mais. A única análise possível / defensável é a científica porque o domínio do alto rendimento é o dos limites do corpo e da mente.

Menos do que a ciência é mau.


Também não é curial trabalhar para as eleições e deixar passar anos sem a mínima informação e de repente em cima das eleições sai o que se diz ser tudo. Ou seja, sai uma coisa que não é ciência. Para ser ciência tem de ser escrutinado e contraditado.

A comunicação social não sabe ciência e põe no ar tudo o que houve e que lhe parece óptimo para o negócio.

Até aquilo que parece ciência e não é ciência serve para o negócio da comunicação social.

Há sectores que fazem da ciência o seu cartão de visita e a demonstração da sua excelência.

Era bom que o desporto usasse estes exemplos cada vez mais.

A ciência é a única saída possível para as crises do desporto e do país.

Sem ciência não se compreende sequer que o momento fulcral que o desporto falhou foi em 2008 quando não efectuou eleições democráticas no COP para renovar a sua liderança e não se teve a coragem e a Visão para juntar COP e CDP.

Caso o novo Governo queira, será necessário compreender bem o passado para estruturar um novo futuro.

Mais uma vez se nota como o novo Governo está sózinho porque afinal como dizem os atletas o COP está envolvido nas dificuldades dos atletas da Vela, como esteve envolvido na falência da Vanessa Fernandes.

O calendário eleitoral faz mal ao desporto, mesmo que haja alguém que esteja agradecido ao dito calendário.

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