quarta-feira, 22 de junho de 2011

O rugby e o atletismo são próximos

São modalidades que ganharam o estatuto de produtoras de estrelas pelo nível de alto rendimento alcançado junto da população portuguesa.

Falharam ou parece-me que falharam a internalização do sucesso criado.

A internalização do sucesso a que me refiro é a produção de actividades para uma maior percentagem da população portuguesa.

Pode perguntar-se porque é que o atletismo e o rugby não passaram rapidamente para dezenas de milhares de praticantes federados gerados o sucesso da respectiva elite?

A inexistência de uma estrutura de produção de rugby e de atletismo saudável e competitiva é a razão pela qual o seu número de praticantes não cresce com taxas mais significativas.

O modelo de produção desportiva nacional orienta-se para o segmento de alto rendimento que é alimentado pelo carácter esporádico do surgimento de talentos jovens.

Fracassando a criação da respectiva massa crítica de base as federações vêem-se impedidas de diversificar o seu financiamento público e privado, dinamizar uma estrutura produtiva ampla e competitiva e de suscitar maiores audiências ao respectivo alto rendimento que produz em níveis inferiores do que se tivesse uma massa crítica de base bem estruturada.


Creio que nenhuma destas modalidades fez alguma vez um estudo económico e provavelmente terão sido desaconselhadas, pelos Governos e especialistas, a fazê-lo baseadas nos impactos virtuosos da boa legislação e do financiamento públicos.

Será interessante observar se o novo governo vai dar uma maior liberdade e responsabilização às federações, assim como, a protecção para projectos de maior risco que venham a assumir nessa conformidade como a quantificação e qualificação do produto da sua massa crítica.

Sem comentários: