segunda-feira, 4 de julho de 2011

Respeitar o valor de cada euro

A importância dos pequenos gestos é relevante quando está instalada uma cultura de não fazer contas, ou de não ter projectos de acordo com os limites que se dispõe.

Quando se aplica como critério o simbolismo dos 'pequenos gestos', por exemplo, a compra de dezenas de computadores passa a ser feita de forma mais criteriosa.

Na verdade face às condições do país dezenas de milhares de euros de despesa são úteis para sectores que necessitam deles imensamente.

O caso dos computadores é interessante porque é possível melhorar a performance dos computadores velhos a ponto de os deixar com performances equivalentes a computadores mais novos.

Tendo bons informáticos é possível corrigir e adequar as muitas funções que os novos computadores têm e que na realidade são escusadas para a maior parte das aplicações feitas pelos funcionários públicos.

Haverá uma minoria de funcionários públicos com graus de exigência superior nas suas funções profissionais e de responsabilidade administrativa que justificam maiores performances e mesmo aí é possível trabalhar.

O mesmo se aplica aos centros de alto rendimento como parece ser o caso do surf em que estão previstos muitos e cujos custos se não avaliaram.

Quem assistiu ao cavalgar do endividamento do país e do garrote que agora todos passamos a ter, rapidamente conclui a importância dos 'pequenos gestos'.

Caso os 'pequenos gestos' sejam desvalorizados pelos opinion makers e tocarem a opinião pública ninguém se vai admirar se um dia o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho anunciar todos os dias um novo PEC.

Segundo João Duque até Maio o governo de José Sócrates endividou-se em mais de dez mil milhões de euros quando o valor do endividamento para todo o ano autorizado pela Assembleia da República era de 12 mil milhões de euros.

Num pequeno serviço público a decisão de comprar 150 computadores por algumas dezenas de milhares de euros é irrisória perante o que o governo fez e, no entanto, são os pequenos gestos os mais relevantes e que serão capazes de levar o país a respeitar cada euro gasto e não contribuir para a bancarrota do país.

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