quarta-feira, 13 de julho de 2011

É perigoso não ter aprendido porque é que o país foi à falência

É consequente que quem levou o país para a beira do precipício não reconheça esse seu acto, até porque ele nunca afirmou reconhecer o precipício ou negou-o que muitos viram e sugeriram.

Para certo fundamentalismo no PS recitar a cartilha do realizado pela enésima vez é coerente mas afecta as hipóteses de sobrevivência do país.

A herança do PS é uma parte do problema antes de ser da solução nacional. 

Eventualmente alguma da obra responde bem às necessidades, enquanto outra obra afecta a resolução das necessidades.

O governo actual está a descobrir todos os dias uma realidade que foi escondida dos portugueses e da oposição e isso acontece numa altura em que é necessário encontrar e viabilizar soluções para os problemas.

Um dos argumentos pesados dos extremistas que levaram o país para a beira do precipício é que 'obra é obra' e estatísticas são números que se alinham certinhos para demonstrar as coisas bonitas que foram feitas.

Ora, há obra que é obra para o empreiteiro e um custo para a população, os praticantes e as instituições do desporto.

Investir em obra para a inauguração política em alternativa à oferta de factores e condições de trabalho modernas e económicas foi a característica da actuação passada.

Recitar a obra é um ruído surdo que o PS por humildade deveria evitar, para ajudar o desporto e os seus líderes a focarem-se no futuro e não nas obras do passado que por si sós não resolvem as necessidades.

Outra questão é recitar estatísticas de uma forma que deixa deleitados todos os que não usam as estatísticas como instrumentos de trabalho. É lógico porque de facto durante a maior parte do tempo nada se fez, estruturou, criou parcerias ou promoveu publicamente. 

Há duas questões fundamentais para o Governo fazer:
  1. Levantar a cabeça como jogam o Eusébio, Figo, Rui Costa, ou Ronaldo, para citar os melhores, e o Secretário de Estado do Desporto tem de olhar o futuro, mostrá-lo e envolver o desporto e a sociedade.
  2. Identificar e equacionar a solução dos problemas conceptual e estruturalmente.
Se houve coisa que Laurentino Dias não fez foi levantar a cabeça e olhar o terreno de jogo por inteiro e a baliza adversária, identificada com os desafios do desporto português. Por isso não terá criado um futuro positivo nem conseguiu mobilizar a sociedade e principalmente listar as necessidades financeiras do desporto com o Ministério das Finanças.

Esta solução com as Finanças é dos elementos fundamentais porque ela tem de se solucionar fora das Finanças e no pleno acordo das Finanças para o processo.

Confuso? 

Esperemos que haja quem explique e rume em direcção à média europeia.

2 comentários:

JCN disse...

http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=276107

não há muito mais a dizer não é?

Fernando Tenreiro disse...

Haverá sempre mais a dizer e a fazer.

Nalguns países europeus depois das eleições os governos tomam posse no espaço de horas e os governos são conhecidos assim como os programas dos governantes eleitos.

Isto é diferente em Portugal onde não existe oposição e depois se tem de esperar meses e anos até o Governo fazer aquilo que deve fazer e que é governar desde o primeiro minuto.

Agora se as pessoas não pensaram e não sabem toda a pressa do mundo e da população portuguesa é aferida pela sua disponibilidade e capacidade para fazer em meses o que noutros países europeus se faz em horas.

Há muito mais para dizer não há?