sábado, 30 de julho de 2011

Na fusão do desporto com a juventude

Sugeri desde inícío do blogue em fevereiro a concentração no IDP de funções que estão noutros organismos como a Juventude e o INATEL.

Não posso pois regeitar a medida do governo de fundir o desporto e a juventude.

Não falarei das novas tecnologias que vêm com o pacote.

Há a necessidade de distinguir o desporto e a juventude.

O desporto é um sector produtivo para gerar bem estar, promover a auto-imagem e a auto-estime pessoal, local, regional e nacional e a juventude é um programa transversar a muitos sectores da actividade como o desporto, educação, saúde, economia, etc.

Os passos coerentes da fusão seriam:
  1. atribuir aos diferentes ministérios aquilo que lhes cabe da juventude
  2. reforçar a juventude no desporto com programas na área do desporto jovem principalmente no desequilíbrio entre homens e mulheres, os imigrantes, os carenciados, nomeadamente com programas entre a educação e o desporto
Para reforçar os benefícios da juventude o papel do desporto não é fazer tudo mas envolver o país.

Neste sentido há dois níveis fundamentais de diálogos públicos a encetar pelo Ministro do Desporto:
  1. O contacto com o Ministro da Educação
  2. O contacto com a Associação Nacional de Municípios
Há um terceiro nível de questões para o desporto trabalhar que é a estruturação da regulação pública do desporto através da reforma das funções centrais do desporto IDP ou seu sucedâneo as quais deverão incluir:
  1. o elevar das funções do IDP, que se conseguirá através de três medidas
    1. criar uma estrutura técnica desportiva competente de nível regional que se move entre autarquias, associações desportivas e a educação
    2. a desconcentração de funções administrativas de produção desportiva local para as autarquias
    3. a descentralizaçãode funções de regulação privada para o COP/CDP
  2. a especialização das funções centrais em áreas como:
    1. recreação, em termos gerais para potenciar os 99% do produto desportivo nacional (o número é propositadamente abrangente)
    2. alto rendimento, maximizar os actuais e restantes 1% do produto desportivo, vulgo Jogos Olímpicos
    3. desporto profissional, racionalizar o desporto profissional que está integrado no 1% anterior mas que é distinto e se relaciona mais com as modalidades de equipa. Actualmente e numa palavra o IDP enquanto organismo da função pública não sabe nada de desporto profissional
    4. prospectiva e investigação
Há a necessidade de criar massa crítica no desporto português sobre estas matérias e principalmente ir sugerindo soluções para que ou este governo as aproveita ou fora dele comece a haver capacidade de pensar e a acreditar que há mais soluções para além das que o governo promove.

Como se sabe no governo anterior houve terrorismo e propaganda que impedia a menor das discussões e contributos que saíssem fora do controlo de suas excelências.

Este governo tem um programa cujas entrelinhas se vão conhecendo e compreendendo.

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