terça-feira, 26 de julho de 2011

Ajudar o Sr. Comandante Vicente Moura e o Sr. Dr. Laurentino Dias a evitar incorrerem em ilegalidades

Vicente Moura fala muitas vezes. Os atletas olímpicos, treinadores e líderes, falam pouco e parece que foram mandados calar. Nos outros países não acontece ter-se medo dos atletas falarem e assumirem os lugares de direcção nas organizações desportivas.

De cada vez que VM fala, mais a dúvida se instala sobre os fundamentos éticos, desportivos e legais da bondade de não assumir a conquista de medalhas olímpicas em Londres 2012.

Vejamos as frases que se vão repetindo, para que alguém o ajude a não cometer ilegalidades ou falta de ética olímpica.

Diz o Público, sublinhado meu:
“... o programa que assumi com o governo não prevê lugares de pódio, prevê boa representação, condigna, etc... mais atletas, talvez mais modalidades, mas não mais do que isso”, justificou o presidente do COP.

“Estou ‘proibido’ de falar em medalhas e não falarei até aos Jogos ... Não vamos até Londres assumir nenhum lugar de pódio, nem eu, nem o chefe de missão, mas que podem acontecer, podem”, salientou."


Primeiro nível de perguntas

Nos outros países também é assim ou há um claro assumir do risco do cargo que se ocupa e pelo qual se é remunerado?

Segundo nível de perguntas

É legal fazer um contrato-programa em que o Estado se compromete a atribuir um determinado montante financeiro público sem indicar a que se destina esse subsídio e concretamente ao objectivo fulcral, o número de medalhas?

Caso seja ilegal ele não estará a arrastar com o ex-Scretário de Estado do Desporto?

O Tribunal de Contas, o Ministério das Finanças, o Conselho Nacional do Desporto e a Assembleia da República aceitam este possível esbanjar de recursos públicos em que não há uma clara definição de objectivos desportivos?

Se não se assume o número de medalhas como é que foram calculados os milhões de euro para o projecto de Londres 2012?

Terceiro nível de perguntas

Há ética olímpica perante o espírito universal e perante os atletas, os treinadores e os líderes das modalidades fugir a assumir a candidatura e a ambição de lutar pelo pódio com frontalidade e assumindo em plenitude os resultados dessa ambição nacional?

Quarto nível de perguntas

É possível a qualquer cidadão português fazer um contrato-programa com o Estado em que o objecto seja "boa representação, condigna, etc... mais atletas, talvez mais modalidades"?

Quinto nível de perguntas

Isto vai continuar a ser assim?


Há vários milhões de portugueses que gostariam que lhes explicassem estas questões muito devagarinho para eles poderem fazer pela sua própria vida, também.

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