quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ganhar com mérito e perder com dignidade nos Jogos Olímpicos de Londres

Diz o site do COP, aqui, que na reunião com o Ministro Miguel Relvas foi dito que "a preparação olímpica se vai fazer nas melhores condições e, se possível, honrar o desporto português".


Este 'se possível' estará a referir-se a medalhas dizendo que 'se possível' se vai honrar o desporto português com medalhas.


Ora, alguns dos feitos do olimpismo de todos os tempos foram realizados com atletas que perderam e que deram lições de estoicismo e de valores olímpicos intemporais.


Chama-se a isto saber ganhar com  fair-play tendo mérito na vitória e dignidade na derrota. 


Por se saber perder com dignidade é que se deve dizer com ética, transparência e frontalidade quantas medalhas vai Portugal candidatar-se em Londres 2012.


Se bem que a comunicação social tenha uma interpretação de deve e haver medalhas estrita, o que efectivamente mancha a imagem do desporto é a actuação da liderança e aquilo que parecem ser problemas de treino e preparação olímpica.

O governo anterior aceitou primeiro que o COP não justificasse com transparência e um relatório independente o resultado de Pequim 2008 e depois aceitou que o COP não definisse as medalhas a que se candidata em Londres 2012.


Aceita o governo actual que toda esta situação se mantenha?


Esta situação será saudável para os atletas, a quem se pede a exemplaridade dos comportamentos?


Ou será que o COP diz ao Nelson Évora e aos atletas da canoagem: 'se possível' ganha a medalha?

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