domingo, 1 de maio de 2011

Falta vitalidade na sociedade civil do desporto

O desporto tem suficientes organizações e terá intelectuais capazes de intervir publicamente.
Outra situação é a vitalidade e a abertura de uma sociedade competitiva visando objectivos sociais e civilizacionais maiores.
Há inúmeras instituições que deveriam ser centros de debate, centro de transmissão de vitalidade à sociedade reflectindo as dificuldades e abrindo portas a ideias e a instrumentos antes da decisão de as aplicar e também com capacidade de observar a sua aplicação.

Não haverá necessidade de mais organizações sociais, clubes, grupos de reflexão, associações de finalidades desportivas diversas, blogues já não sei mas se houvesse mais o debate seria mais relaxado e variado.

Obviamente se há determinadas organizações políticas que estarão pela sua filosofia e prática recente reticentes à abertura à sociedade e ao debate público, outras deveria haver capazes de abrir novas fronteiras.
Há alguns anos propus num clube essa abertura e não consegui, mais tarde propus um manifesto, depois um blogue e actualmente estou para aqui…
Culpar o PS, José Sócrates e este Governo há-de render muito. A questão é que são necessários mais do que um para o tango e o que acontece pior é quando se sai da pista de dança apenas porque se procura outro para dançar o mesmo tango.

No desporto nada se aprende com os erros próprios e os dos outros.
O desporto tem de olhar para si próprio e conseguir ir mais longe.
É factual economicamente que o desporto está a patinar em gelo fino e a afundar seguramente no quadro europeu.
Este foi o procedimento do líder do PS em relação ao país durante os anos mais recentes e compreende-se que os dirigentes desportivos pelas condições dificílimas da sua governação federada e nas suas pequenas organizações em conseguirem comportar-se, verem mais longe e forçar o seu destino.
Um facto que demonstra como o desporto vai ser comido na grande voragem das medidas de austeridade é o Governo determinar cortes no apoio financeiro nas principais federações. Ora o desporto é um sector que gera externalidades abundantes para a educação e a saúde havendo propostas para que os cortes orçamentais em todos os sectores económicos tenham a excepção dos dois sectores da actividade, a educação e a saúde.
Há mais exemplos, relacionados com o mercado do produto desportivo, que deveriam ter sido apresentados publicamente ajudando o Governo e os partidos a compreenderem melhor os princípios desportivos europeus e a elaborarem melhores programas de desporto.
Isso era para ontem, definitivamente não é para depois de amanhã…

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