terça-feira, 17 de maio de 2011

Notas sobre as eleições legislativas de 5 de Junho de 2011 - 2

Um segundo vector do critério de decisão está na qualidade e características da política que no passado os candidatos eleitorais realizaram.

No século XX e início do século XXI desportivo português os seus indicadores de produção mantiveram-se no último lugar da Europa.

Houve uma clara acumulação de capital desportivo nas últimas três décadas, porém, o produto desportivo não alcança ritmos de convergência europeia e recentemente desacelera mantendo Portugal o primeiro lugar das tabelas invertidas.

As políticas das últimas duas décadas erraram?

As políticas foram insuficientes e erraram seguramente.

De que forma?

Faltou às políticas complexidade e profundidade, faltou aos protagonistas coragem e altruísmo para assumir a responsabilidade de criar a partir dos princípios europeus e os desportivos.

Portugal falha a Europa porque não assume os seus fundamentos: cria políticas desportivas e segue princípios éticos que a Europa ocidental se os seguiu no passado, procura abandonar e seguir sempre em frente.

Portugal segue um economicismo profissional equivalente ao modelo de Leste, sem o seu empenhamento político, aplicado aos princípios liberais que o futebol como maior modalidade aproveita e cuja dimensão crítica falta às restantes modalidades.

Foram os partidos que erraram? Ou foram também as profissões, os juristas, os líderes federados e os gestores como tão bem se observa nas acções que se realizam onde não se defrontam os problemas actuais concretos que se pretende debater?

Para não prolongar mais:



O modelo de desenvolvimento desportivo está errado e os protagonistas são muitos para que ele seja tão errado para nos manter agrilhoados no topo das tabelas negativas europeias.

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