terça-feira, 23 de agosto de 2011

Vitor Pereira recusa demitir-se


Eis três parágrafos da notícia do Diário de Notícias que está aqui.
  • Presidente da Comissão de Arbitragem garante que a sua demissão "não iria resolver nada" neste caso com o Sporting e que não vai "abandonar os árbitros nesta altura".
  • Vitor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, recusa demitir-se do cargo, apesar da pressão do Sporting e das polémicas em torno da recusa de João Ferreira em dirigir o Beira-Mar-Sporting.
  • "Há três razões por que não me demito. Fui eleito pelos 32 clubes da Liga, tenho a confiança dos clubes e do presidente da Liga. Depois, não vou abandonar os árbitros nesta altura. A minha saída não iria resolver o problema com os erros dos árbitros e com as críticas aos árbitros", disse o dirigente, em entrevista à TVI.

Vítor Pereira tem toda a razão em não se demitir.
 
Há um aspecto intangível que apenas com o envolvimento do poder político e de todos os parceiros do futebol é possível baixar a temperatura da arbitragem.
 
Há actualmente outras condições que deveriam levar os agentes do futebol a compreenderem que uma boa arbitragem e sem polémica mesmo com erros difíceis de compreender e aceitar é mais rentável para o negócio e o espírito do campeonato do que a constante quezília e o desgastar dos árbitros e da sua liderança para esconder os males das lideranças e dos treinadores das equipas.
 
Godinho Lopes não percebe que o futebol moderno exige que ele a primeira coisa que deveria fazer não era acirrar a tradicional guerra contra o seu associado de toda a vida Vítor Pereira mas solicitar-lhe uma reunião e levá-lo para o camarote do clube para dizer aos jogadores e a toda a massa associativa que são eles que ganham os jogos e não os árbitros.
 
Com a incapacidade de plenitude do projecto de arbitragem profissional e amadora de Vítor Pereira quem perde é o futebol e aqueles que arranjam razões que a racionalidade desportiva europeia não acompanha.
 
O Governo deveria olhar para os Vítor Pereira e os Ilídio Vale do futebol português e garantir-lhes condições de trabalho que lhes tem sido negada no passado.

Sem comentários: