domingo, 7 de agosto de 2011

A equipa do Titanic está reconduzida

O trabalho do Expresso de ontem mostra que os estádios foram um Titanic para alguns clubes.

Obviamente que a equipa que trabalha em Leiria é a que tem os pés menos assentes no desporto e é o elo fraco da equipas gestoras dos estádios do Euro 2004. No Expresso observa-se que os resultados da gestão da sociedade autárquica de gestão do complexo de Leiria é a que apresenta piores resultados desportivos e financeiros.

O que acontece, porém, é que todo o projecto dos estádios do Euro2004 apresenta dificuldades, alguns que o artigo refere e estendendo-se a todos os outros, como um dos clubes grandes o Sporting cujos resultados são baixos. Do Porto e do Benfica pouco se sabe para além das taxas de ocupação mais elevadas.

O mais interessante é que elementos que construíram os estádios, directa e indirectamente, foi reconduzida sugerindo que o Euro2004 continua a vender bem, apesar da realidade dos estádios demonstrada pelo Expresso ser bem clara para quem quiser ver. Esta é uma incapacidade bem portuguesa de não avaliar os resultados e as soluções que foram usadas para os obter.

Parte-se para mais outra legislatura cheia de líderes do Titanic ou de cidadãos cujos sucessos no mercado do desporto são desconhecidos e eventualmente desconhecedores do que é o desporto e de como o produzir com eficiência, o que é um péssimo sinal para o desporto português.

O Expresso são os olhos da sociedade portuguesa e mais uma vez demonstrou à sociedade que o desporto está em contradição com o actual momento nacional, não havendo um líder público ou privado no desporto que apresente corajosamente uma explicação para o que aconteceu de 1997 a 2005 e dê garantias que a solução a encontrar será a melhor para os portugueses e o desporto.

Este silêncio é ensurdecedor o que a análise que tenho feito neste blogue demonstra haver problemas e dificuldades vastas e sistémicas, o que o atraso na sua resolução só prejudicará as federações, os clubes e os atletas para além daqueles que trabalham no desporto.

Ou os responsáveis dão a cara e as suas soluções aparecem ou poderá concluir-se que o facto de não ter havido oposição ao desporto de José Sócrates apenas se deveu à inexistência de um projecto de oposição alternativo.

Será a equipa do Titanic capaz de pôr os estádios a flutuar e de rumar o desporto português para a média europeia?

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