domingo, 21 de agosto de 2011

O fim da Parque Expo e do prenúncio da extinsão do Polis e o Desporto


O Programa Pólis tinha princípios que faziam algum sentido e que nos habituamos a beneficiar à medida que as cidades se tornavam mais bonitas, ordenadas e mostravam como tinhamos uma cultura e meios para a concretizar.

Como tantos projectos o Estado terá investido demasiado nem sempre valorizando o sentido público. O seu fim como outras do pacote de medidas anunciadas durante 6 anos, todos os dias, às 8 horas da noite por José Sócrates haviam de ter um fim.

O desporto nunca teve um programa estrutural de desenvolvimento sustentado anunciado por José Sócrates, às 8 horas da noite, de um dia qualquer dos 6 anos que passaram.

Os talentos desportivos exploram-se, quando aparecem aleatoriamente, e as organizações privadas desportivas são exauridas das rendas para além da racionalidade e do bem-estar social.

Sem politicas desportivas orientadas por objectivos sociais e um investimento estrutural eficiente, o comportamento dos agentes privados valoriza a obtenção de rendas com finalidade lucrativa e para além do ponto de equilíbrio.

O xix governo anuncia no seu programa o desenvolvimento das actividades que se relacionam com a gestão das actividades de alto rendimento, dos talentos aos eventos, como actividades que beneficiam o turismo.

Não é de esperar que o xix governo, ao contrário de José Sócrates, equacione um programa de desenvolvimento desportivo sustentado.

O xvii e xviii governos não desenvolveram programas estruturais para o desporto. O único que terá tido um sentido equivalente seriam os investimentos do QREN e de que se desconhecem documentos que demonstrem a razão e a dimensão do investimento assim como dos resultados esperados e dos conseguidos.

O que acontece com os jovens praticantes de excepção em todas as modalidades desportivas nacionais é a incapacidade de canalizar para o desporto meios que deslocando-se internamente pelo desporto geram efeitos multiplicadores e alavancam a sociedade e a iniciativa local em capital desportivo, económico e social.

Pelo contrário, os investimentos em infraestruturas estádios e outros equipamentos autárquicos feitos desgarradamente concentram a riqueza e os investimentos públicos em finalidades fora do desporto para gerar rendas sem uma relação com a efficiência da produção sustentada de desporto.

Actualmente, por um lado, a oposição PSD em Leiria não quer a privatização do Estádio Magalhães Pessoa, por outro, o ministério da agricultura privatiza o Pavilhão Atlântico.

A coerência nunca foi o ponto forte da política desportiva em Portugal.

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