segunda-feira, 22 de agosto de 2011

É a Economia, Sr. Ministro!

O facto dos jovens jogadores portugueses, que escolhem o caminho da profissionalização, não terem lugar na I Liga é uma questão económica em dois níveis.

Primeiro é mais rentável para um treinador ou presidente de uma equipa ou clube da I Liga sentar-se e negociar com um empresário do que com um representante de um clube amador português.

Segundo o produto sul americano vem melhor preparado com mais horas de jogo nas primeiras equipas como se viu em Bogotá quando os jogadores portugueses começaram a ter dores de esgotamento físico.

Ou seja, a final foi perdida pela falta de medidas de fundo no desporto e no futebol português.

A situação é conhecida há muito como o sindicato de jogadores vem alertando e também pela inconsequência dos seus actos. O Sindicato foi capturado por duas vias: pela captura corporativa que mantém há demasiado tempo um líder no sindicato que se esgotou e pela captura dos Governos PS. Há algum tempo deveria ter havido eleições e eleito um jogador para a Presidência do Sindicato o que está a falhar porque com os anos que já passaram há muito que o Sindicato deveria ter dado formação universitária a vários ex-jogadores incluindo a jurídica e a económica a fim de garantir a liderança dos jogadores mas Joaquim Evangelista deixou-se levar e capturar a vários níveis.

O desafio é em primeiro lugar da Federação e de Gilberto Madail que deveria ter acciionado estudos, análises e medidas, o que nunca fez.

Quem perdeu a final de Bogotá foram os ex-ministro e exsecretário de estado do desporto e ex-presidente do IDP que nos últimos 6 anos não trabalharam esta variável do desenvolvimento de base do alto rendimento do futebol e das restantes modalidades.

Foi uma negligência sustentada em duas legislaturas!

Houve tempo, meios, instituições como um Conselho Nacional do Desporto, que aprovaria instantaneamente medidas destas, mas que demonstra ser uma inutilidade institucional e material quanto à concepção do desenvolvimento desportivo nacional porque nem sequer foram capazes de propôr ao ex-SED e ao ex-IDP e fazer aprovar as medidas que afinal se verificam ser fundamentais para o futuro, que foi a madrugada de domingo.

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