sábado, 13 de agosto de 2011

Um teutão metalicamente reluzente no INA

Quado Portugal integrou a Comunidade Económica Europeia o INA fez cursos dirigidos aos funcionários públicos superiores portugueses que iriam integrar os quadros nacionais da União Europeia e também trabalhar os projectos em Portugal.

Apenas me lembro de um alemão alto que fechava as prelecções e que apareceu com um fato reluzente em tons metálicos que falava com altivez e referia as belas mulheres portuguesas...

Talvez tenha sido a única coisa que fizesse sentido e aquela que me ficou na memória.

Ele falava sobre os altos desígnios da União, dos cuidados para investir bem os dinheiros recebidos e seguir as regras da União.

Na altura havia líderes nacionais que garantiam que a Europa nunca tinha visto uma capacidade de aprender como a dos portugueses e que muito rapidamente Portugal estaria entre os melhores do mundo.

A história hoje conhece-se e talvez se possa concluir que a única coisa que os líderes portugueses aprenderam do teutão foi a ostentação do fato reluzente e metálico.

No mínimo pode-se sugerir, apenas sugerir, que a origem de alguma corrupção, organização criminosa, peculato e bancarrota nacional terá aprendido mal as lições do teutão reluzente que passou pelo INA há vinte anos.

O fato do teutão foi tremendamente desadequado perante funcionários nacionais que mal sabiam o que era vestir bem e vestir mal segundo os padrões europeus e que vinte anos depois tantos líderes portugueses usaram diligentemente para levar o país à bancarrota.

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