quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O desporto não necessita de esquizofrenia

O PSD tem tido entradas de leão no desporto esperemos que não tenha saídas de sendeiro. Os partidos políticos portugueses nunca se arrependem de nada e o PSD não seria a excepção se saísse como fez o PS.

Anunciar a fusão do desporto com a juventude sem fazer o estudo, como Laurentino Dias diz que está no Memorando da Troika e que o PSD assinou, sugere que foi uma medida apressada, para além de não juntar a Fundação INATEL indica que não tem a concordância do partido de coligação o CDS. A fusão, uma viagem a Bogotá para a final de sub-20 de futebol sem levar o secretário de estado e anunciar as facturas do IDP, ao contrário do que sugere certa ética de comportamento do bloco central, são três medidas de sinal político contrário que retiram sossego ao desporto principalmente quando acompanhadas de um silêncio absoluto quanto a medidas de política desportiva no sentido do desenvolvimento sustentado e maximização do bem-estar da população portuguesa.

O PS está sem fôlego. O seu homem para o desporto viveu na terça-feira no Parlamento a Diáspora política de toda a sua vida ao verificar que a ética que esperava do PSD e CDS não se tinha realizado e que pessoas que com ele trabalhavam uns dias antes não lhe tinham dado o mínimo sinal do que se estava a passar, nem a estrutura em que ele confiara e defendera durante 6 anos contra acusações várias de incapacidade, afinal ter-lhe-ia deixado uma encomenda tal que pelo menos inicialmente não se livrava do máximo desconforto e má publicidade políticos deixando em maus lençóis o trabalho político de toda a sua vida.

Nesta fotografia todos estão mal e não há um que se aproveite:

  • O PS criou o caso Queiroz e agora não tem de se queixar da esquizofrenia do opositor de política desportiva.
  • O PSD não tem e não está a tomar as medidas de política desportiva cautelares como os estudos aconselhados pela Troika.
  • O PSD está a trabalhar para a fotografia não fala de política desportiva ou de juventude que não tem, prega rasteiras à sua alternativa de poder para onde já comprou os vira-casacas do costume, vai às finais desportivas que enchem o olho da imprensa cor-de-rosa desportiva. 
  • O CDS enquanto parceiro governamental continua ausente do desporto apesar de conter uma fatia desportiva importante na actividade da Fundação INATEL.
  • Os outros partidos de esquerda não falam de política desportiva.
  • O Parlamento é um deserto de bom senso e maturidade. O Parlamento e as audições de desporto está cheio de jovens que falam e falam mal de juventude porque desconhecem, não sabem ter uma política de juventude, e de desporto nunca ouviram falar. 
  • Os partidos como um todo não discutem as suas juventudes e o mal que estão a fazer ao país.


Depois do caso INDESP, o Caso das facturas do IDP tem uma dimensão exasperante:
  • Quem dá a má imagem ao desporto é o PSD depois do PS ter criado o Caso Queiroz.
  • O PS não aprendeu nada com o Caso INDESP quando nomeou para a liderança da instituição pessoas inqualificáveis que depois acabou por tirar e que deixaram a sua marca de incapacidade que fragilizaram a estrutura cultural e ética da instituição.
  • O caso INDESP terá valido cerca de 60.000 contos.
  • O Caso das Facturas do IDP a confirmar-se a complicação e os seus valores são 1,2 milhões de contos, o que eleva a fasquia da inconformidade legal para níveis absolutamente inaceitáveis mesmo que nem um cêntimo de inconformidade seja inaceitável.


O norte cardeal da acção política no desporto tem de ser a política desportiva visando o bem-estar da população portuguesa.

Esquecendo este princípio parece valer tudo, a auto-promoção e a esquizofrenia, na política portuguesa.

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