- A destruição de Vanessa Fernandes tem um custo económico que se mede em mais ou menos de um milhão de euros?
- Tirar meio milhão ao Estádio Universitário de Lisboa tem um custo social de quantos milhões?
- Avaliar económica e socialmente o programa Marcha e Corrida será relevante?
- Baixar o orçamento do IDP em 20% ou mais durante uma legislatura é possível?
- Aumentar o IVA da actividade desportiva de 6% para 23% e receber mais 100 milhões de euros que significado tem?
O Desporto não faz contas, por vários motivos:
- trabalha e decide com base em contas simples do que se fez do que se vai continuar a fazer
- falta futuro a estas contas do desporto
- falta colocá-las às Finanças e aos parceiros sociais, para que estes estejam sensibilizados quando as Finanças disparam as suas razões
No início das legislaturas é quando aparecem as pessoas que fazem as contas para o desporto.
Há pessoas que vêm a uma instituição pública a pedir toda a informação, o chefe de serviço determina que lhe seja dada 'toda a informação'.
Dias depois a organização dessas pessoas titulam que têm informação de desporto para vender.
Também é usual nos concursos públicos essas pessoas aparecerem e depois são dores de cabeça para obter o produto final e também é usual terem de ser os funcionários públicos a dizer o que é que se passa e se devia fazer para pôr no relatório final.
Quando chegam no início da legislatura dizem: eu sempre apoiei o partido...
Depois observa-se que vão por aí fora em projectos e lugares em instituições do desporto que devia primar pela transparência dos seus representantes e pela correcção das suas análises.
Há outras que levam décadas a acabar projectos prometidos que deveriam ser públicos e foram dados a empresas que levam contrato atrás de contrato sem nunca apresentar resultados sem que isso incomode decisores públicos, que asseguram que a matéria está a ser resolvida por pessoas competitissimas, como eles garantem.
Quando esses benfeitores privados aparecem em geral deve-se proteger a carteira, não vá o diabo tecê-las...
A Pordata é um caso distinto porque disponibiliza gratuitamente a informação que consegue dos agentes públicos.
O INE que há alguns anos cobrava montantes elevados pela sua informação, nesta altura divulga-a gratuitamente no seu site.
Porque é que o INE tem despesa pública para produzir estatísticas e depois a dá em vez de cobrar?
A questão fundamental é que existe uma procura por informação desportiva e esta informação tem obviamente um custo que é superior ao preço que os consumidores privados estão dispostos a pagar.
Por outro lado, os benefícios sociais da divulgação gratuita dessa informação são muito superiores ao custo da produção pública.
É esta a interpretação do INE; é também esta a interpretação e comportamento do Eurostat.
O desporto necessita de produzir estatísticas e números para compreender se as medidas das Finanças são económica e socialmente justas e para apoiar a decisão de quem decide e se está a fazer para resolver problemas reais dos agentes privados.
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