O jovem quase doutorado trabalhou alguns meses e andava aflito com medo de perder o emprego precário que tinha.
Hoje a alma saltou-lhe do peito ao mostrar que uma Escola Supeiror de Educação o tinha ou ia contratar.
No pouco que com ele convivi vi que a sua entrega foi instantânea, abundante e ininterrupta. Vi que em conversa ouvia atentamente o que era dito, mesmo que continuasse a teclar no computador, e depois respondia no sentido exigido pela conversa.
Tinha tido uma experiência de dois anos no estrangeiro e inundou todos os colegas com a informação abundante que trouxe dessa experiência. Escreve com facilidade, emenda com prontidão e tem a cabeça bem assente sobre os ombros sabendo pensar e desenvolver um objectivo. Numa conferência que tive conhecimento agarrou a audiência com o power point cuidadosamente preparado e houve quem fugisse ao debate.
É um jovem afectuoso e voluntarioso e felizmente ainda existem instituições em Portugal capazes de reconhecer o valor e o mérito e captá-lo para os seus quadros.
Não digo o nome nem dou outros pormenores para não haver algum dano colateral.
Ao dar aulas surgem raridades e preocupa-me não saber exactamente se terei conseguido estar à altura das suas necessidades.
Os melhores dão luta, diria um corpo a corpo, que se torna complexo com a ajuda da teoria económica e esses debates geram externalidades que trazem consigo a turma para níveis de compreensão mais elevados.
Tenho esperança que estes jovens venham a contribuir mais do que gerações anteriores.
Estas não chegaram a ter a oportunidade que o desporto português não lhes deu pela manutenção de uma governance arcaica e prejudicial às necessidades do desporto e da nossa juventude.
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