segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Atletas olímpicos hoje no DN

A peça de Cipriano Lucas no DN é boa ao falar da situação dos atletas em fim de carreira.

No papel fala dos casos de Albertina Dias, Rita Borralho, Teresa Machado, e de futebolistas como Vítor Baptista e Moinhos e de casos do Brasil e dos Estados Unidos. Refere a leitura legislativa actual relacionada com o pós-carreira enquanto promessa não cumprida pelos Governos há muitos anos. Entrevista José Manuel Constantino Ex-presidente do IDP.

A questão que pretendo colocar é a que o investimento feito na formação adequada de um atleta de alto rendimento alavanca benefícios humanos e sociais que medidos monetariamente ultrapassam todo o investimento inicial.

A questão do Estado não são as suas obrigações abstratas constitucionais, legais ou de qualquer ordem. A questão do Estado colocam-se nos benefícios materiais que o Estado obtém investindo nos jovens e que a sociedade colhe não só ao longo da carreira desportiva mas também ao longo de toda a vida do atleta.

Ou seja, o atleta de alto rendimento mesmo que tenha um sucesso médio com as competições, as relações sociais, a presença na comunicação social, os métodos de trabalho exigentes do alto rendimento, tem um capital humano e social que outros cidadãos não alcançam.

O desporto de alto rendimento é um pacote de potencialidades que dão ao atleta uma massa crítica fundamental para toda a vida.

O Estado deve investir nos jovens na sua carreira de alto rendimento porque isso alavanca uma panóplia de oportunidades superior a outros cidadãos com percursos não-desportivos.

Insisto que o alto rendimento nacional deveria ter uma auditoria técnica, financeira, económica e social antes de estabelecer qualquer programa com os presidentes das federações no Conselho Nacional do Desporto ou na Assembleia da República.

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