Muitos outros sectores são conhecidos como Economia, Cultura, Direito, Engenharia, Saúde, Transportes, Finanças, etc.
No domínio da economia do desporto investigadores como Gratton e Taylor (1985, 2000) Sport and Recreation, e Downward, Dawson e Dejonghe (2009), Sports Economics: theory, evidence and policy, entre outros usam a definição do Conselho da Europa. Para os economistas a definição do Conselho da Europa mantém-se actual.
Tenho a ideia de que a actividade física, que acompanha o desporto em inúmeros documentos em voga na Europa, surgiu para além do querer das instituições desportivas federadas.
O título ‘desporto e actividade física’ ou vice-versa parece uma redundância se se considerar a definição de desporto de acordo com a sua essência.
A definição da Carta Europeia do Desporto do Conselho da Europa é um conceito útil porque tem os elementos bastantes para conseguir uma definição de desporto.
Nesta definição de desporto encontram-se os seguintes elementos:
1. Todas as formas de actividade física;
2. Jogos tradicionais e competições;
3. Organização casual ou regular;
4. Expressar o:
a. Aumento da capacidade física;
b. Bem-estar mental;
c. Formando grupos sociais;
d. Obter resultados em todos os níveis.
Como ler estes elementos na perspectiva de definição de desporto:
1. A actividade física é o elemento nuclear de toda a actividade desportiva seja amadora ou profissional;
2. A competição é a actividade que mede a actividade física nuclear seja a amadora ou a profissional;
3. Toda a prática de desporto da base ao topo gera co-produtos e externalidades, por exemplo para poupar dinheiro na saúde;
4. Existem níveis distintos de prática desportiva daí o amador e o profissional como níveis de uma estrutura.
Ou seja, a definição em múltiplos documentos europeus de ‘desporto e actividade física’ é uma redundância porque desporto é e contém na sua essência actividade física.
Há questões adicionais que reforçam a pirâmide de produção desportiva e que foca a pirâmide de produção desportiva cuja propriedade pertence às federações.
A actividade física individual é uma forma de trazer para fora da pirâmide a actividade de base dizendo que são as pessoas que não querem pertencer à estrutura federada.
Podendo aceitar-se o movimento do consumo desportivo para a informalidade o essencial acaba por ser para muitas pessoas a pertença a uma estrutura social chamada clube e que se encontra integrada numa estrutura produtiva vertical.
Esta a razão para as federações não terem compreendido o que se estava a passar à medida que lhes eram propostas definições de actividade física desintegradas do conceito de desporto.
Se a actividade física aparece fora do desporto então as actividade física pode existir plenamente fora da estrutura federada.
A questão é que é a estrutura federada que melhor possui os níveis de apuramento eficiente das actividades físicas de cada nível de produto desportivo.
O informal sendo uma possibilidade é de dificil acompanhamento e é mais cara do que a produção federada eficiente.
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