O motivo próximo da saída de Fernando Mota parece irrisório.
Não é menor se se considerar que Fernando Mota é um líder desportivo claramente acima da média pelo output desportivo, pelas posições que tomou e pelo respeito que suscitou ao longo de mais de vinte anos dentro e fora da modalidade e do desporto.
Ao decidir sair como alerta, para o que não podia ser admitido, assume uma posição que exige a sua presidência e ele assume essa consequência.
Têm-se dito que vai voltar. Tudo é possível e para já reconheçamos que a demissão é um acto extraordinário e não habitual em Portugal. Poucos ou nenhuns o fizeram e essa raridade permanece e deve ser compreendida.
Assumamos o seguinte:
1 - O que está mal que leva à impotência de um bom líder desportivo nacional é o modelo de desenvolvimento.
2 - Materialmente Fernando Mota demonstrou que está acima da concorrência.
3 - A demissão é um pequeno alerta interno que tem o impacto de um tremor de terra que abala todo o desporto português.
Assumir esse abalo é o nó da questão.
Fala-se que existe uma crise e quando um sinal da crise aparece discute-se o tremor individualizado e não o efeito do abalo na estrutura.
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