Diz Laurent Thieule telegraficamente:
- O desporto é uma porta para a construção de uma identidade europeia comum;
- O desporto é um meio para a União Europeia mobilizar os seus cidadãos;
- O desporto pode, especialmente em tempos de crise, ser um catalisador para a política da União Europeia o qual pode valer o seu peso em ouro;
- É do conhecimento comum que o desporto unifica e quebra barreiras entre as pessoas permitindo-lhes conhecer-se reciprocamente;
- Acreditamos que o desporto pode ser considerado como uma cultura comum europeia e um denominador para todos os povos europeus;
- Descreve o desporto como um veículo tremendo para a educação e a cidadania;
- Muitos membros do Parlamento Europeu acreditam no poder do desporto;
- O investimento da UE deveria focar na promoção da igualdade e desenvolver o desporto como um instrumento para a inclusão para combater a discriminação relacionada com o racismo, sexismo e a homofobia;
- Rejeita as acusações de dominação do futebol e afirma que o futebol pode servir como um modelo para outras modalidades;
- O que interessa é a existência de desejo político.
A questão é semelhante para Portugal que constatou com o Euro2004 como o desporto foi um catalisador da população, organizações e instituições nacionais quanto à sua identidade única e que num momento de crise como o que actualmente vivemos poderia resultar em benefícios extraordinários semelhantes.
Portugal também sabe que em todos os Jogos Olímpicos a mobilização da sua população é um momento de exaltação e que tem pecado por manifesta exiguidade.
Este é mais um dos inúmeros argumentos que demonstra como o desporto é um instrumento que contribui para o fortalecimento da identidade, para a acumulação do capital humano e social e a produtividade nacional.
As medidas de austeridade que recaem sobre o desporto podem ser fortemente contestadas pela sua irracionalidade cega e contribuição para a destruição de capital humano e social nacional, precisamente no momento em que as valias do desporto mais deveriam ser incentivadas.
Acontece que não existem dirigentes desportivos nacionais capazes de fazer este discurso e de se baterem por estes valores europeus em benefício do desporto nacional.
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