O cancelamento pela Assembleia da República da cerimónia do 25 de Abril é daqueles que nos explicam instantaneamente porque é que se cancela o desenvolvimento desportivo nacional.
Há quem desconheça o que foi o 25 de Abril, o conteúdo de valores universais que o criaram e a oportunidade de o debater, neste momento, ao mais alto nível.
Com isto, o desporto é um negócio, o Estado é para ajudar os amigos e atrasar a solução competente da crise, a qual pode ser provocada por interesses particulares de quem se recusa a sair e os partidos são incapazes de corrigir a mão de quem terão eleito democraticamente.
Pelo andar da carruagem surge a dúvida de saber de facto as eleições foram democráticas ou terá sido um golpe de um grupo melhor organizado, ou uma panelinha das várias capelas para a partilha do Estado.
Estas dúvidas, que podem questionar a seriedade nas instituições nacionais, alertam como a pressa de assumir o poder pode ter resultados que só mais tarde se verifica serem catastróficos a ponto de ninguém pôr as mãos no lume por elas.
O garantismo do edifício legislativo português assegura os maiores prazos face a exemplos europeus como a Irlanda e o Reino Unido e não protege face aos maiores dislates praticados pelos partidos do arco do governo como a história tão bem está a demonstrar.
Uma certeza na área do desporto: os países que são exemplos universais de produção desportiva possuem regimes democráticos solidamente implantados.
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