Segundo o jornal i, aqui, um estudo internacional refere que o "bem-estar dos portugueses está ao nível de países atingidos pela guerra".
O desporto pouco resolverá se tudo estiver mal.
Porém, se as coisas se encarreirarem o desporto pode ser um factor para gerar resultados mais do que proporciionais do que o impacto inicial.
Quererão os líderes do desporto conceber e tomar uma via alternativa?
5 comentários:
Caro Fernando Tenreiro:
A primeira questão que se coloca é "quem são os líderes do desporto"? O Secretário de Estado? Os Presidentes de quaisquer federações? O CND?
A segunda questão que se coloca é o que é que o desporto pode resolver? A entrada de divisas? A atracção de estrangeiros ao nosso país? A obtenção de marcas e de medalhas?
E a terceira questão: qual será a via alternativa quando os que são líderes do desporto se servem dele em vez de o serviram?
Um abraço e Boa Páscoa.
Caro Armando Inocentes
Eles existem e estão por aí.
Uma possível forma de actuação é falar e debater diferentemente do que se faz até hoje.
Não interessa quem é o líder.
Você coloca questões que me parece que começam a ser diferentes.
Bom 25 de Abril
Caro Fernando:
Tenho procurado dar um contributo neste blog que considero bastante válido.
A minha especialização académica por vezes pode não estar em consonância com a sua (venho das áreasda pedagogia e da sociologia do desporto), e como acima de tudo sou um "homem do terreno" (para além de treinador estive na direcção de uma federação)talvez as minhas questões pareçam começar a ser diferentes...
No entanto uma coisa me parece: ESTAMOS DE ACORDO EM MUITÍSSIMOS PONTOS!
O que poderemos fazer, com mais alguns que partilhem as nossas ideias, para tentar mostrar que rumo deve seguir o desporto?
Você já faz uma coisa que é perigosíssima e que é conversar.
Nos últimos anos foi perigoso conversar.
Primeiro porque nem sempre dizemos coisas certas e nos enganamos e segundo porque sugerimos coisas que outros dão por adquirido e algumas das pessoas ficam muito zangadas.
Conversar pode ser subversivo hoje como foi antes de 1974.
Conversemos por responsabilidade e não nos queixemos.
Mande sempre, Armando Inocentes
Quem pratica Karaté há 38 anos está habituado a coisas perigosíssimas... na prática, na competição, na arbitragem, no dirigismo...
Quem é treinador de Karaté há 30 anos também está habituado a isso...
Quem é Professor, licenciado em Ensino de Educação Física e tem um Mestrado em Gestão da Formação Desportiva, e com crianças a seu cargo também arrisca coisas perigosíssimas...
Mas também está habituado a assumir as suas responsabilidades!
Mas apesar de tudo, obrigado pelo conselho!
Um abraço e aqui o deixo com um pedagogo de excepção (que também fez coisas perigosísssimas!):
"Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
─ Partimos. Vamos. Somos."
Sebastião da Gama
Pelo sonho é que vamos
Lisboa, Ed. Ática, 1992
Caro Fernando Tenreiro:
- Partimos. Vamos. Somos.
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