"O Estádio de Braga, uma instalação vocacionada fundamentalmente para o espectáculo desportivo, tem do ponto de vista funcional muitos pontos negativos, dos quais se destacam entre outros: a difícil acessibilidade ao local a pé ou em veículo; a distribuição e locais de estacionamento; as bancadas com acesso ou inferior ou superior e que exigem uma grande deslocação por parte de quem quer chegar ao seu lugar; poucos elevadores para as pessoas de mobilidade reduzida ou idosos; espaço muito frio devido à sua localização; e áreas administrativas sem luz natural ou inadequada. Quando o estado da arte sobre localização, construção e funcionalidade de Estádios de Futebol está tão desenvolvido e divulgado há mais de três décadas, é de certa forma inconcebível cometerem-se alguns destes erros básicos, facilmente detectados por todos os destinatários finais deste “produto”, nomeadamente os adeptos de Futebol. "
O comentário que coloquei no referido poste é o seguinte:
"Gostei do seu poste porque acrescenta matéria crítica ao celebrado estádio do Braga.
De facto os estádios são o ponto contraditório do Euro 2004.
Numa palavra o que falhou foi a concepção da modernização dos estádios de futebol.
Este é uma característica do modelo de desenvolvimento desportivo nacional.
Investiram-se milhões de euros com demasiada liberdade dos promotores, com afinal pouca informação sobre as dimensões técnicas do elevado investimento e sem informação do realizado.
Souto Moura fez o que lhe pediram e deixaram fazer.
O arquitecto fez no estádio do Braga uma coisa bonita e bem esgalhada do poonto de vista da arquitectura e com erros para a actividade a que se destina a instalação.
Há infra-estruturas que mal são feitas apresentam problemas, há as questões que refere, há os conhecidos problemas de localização e de dimensão dos espaços de desporto.
Estes erros têm duas consequências:
1 - O investimento é excessivo para as necessidades locais.
2 - Os custos acrescidos para a manutenção futura das infra-estruturas que comportam os erros do investimento.
Diga-se que na nova orgânica há alguns anos da administração pública o governo da altura decidiu retirar o departamento das infra-estruturas da administração central.
Há desde há décadas erros na concepção das políticas de investimentos em infraestruturas desportivas."
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