- na regulação privada: federação e liga nacional;
- na regulação pública: governo.
Em consequência desta situação o campeonato da I Liga tem menores audiências nos campos e nas televisões e menores receitas de publicidade.
A falha da I Liga em criar um campeonato mais competitivo é uma consequência de não apenas esta falha da admissibilidade de percentagens anormais, que não se observa nos campeonatos europeus mais competitivos, e deve-se também a outras falhas, por exemplo, como a impossibilidade da Liga negociar os direitos de transmissão em conjunto para todos os clubes.
A federação e o Estado aceitam que haja inúmeros agentes que obtêm rendas de monopólio enormes para a pequena dimensão do desporto português.
O exemplo claro das mais valias geradas pelo desporto português está a criação de um grupo económico baseado nos direitos de transmissão televisiva. Não estou a adjectivar esse facto estou a evidenciar que o desporto português gera meios financeiros avultados. É evidente que houve mérito de alguém para que esse grupo se formasse e eventualmente alguma coisa que não corre bem porque há margens que continuam a sair do desporto sem que o regulador privado na federação ou o regulador público tenham uma atitude sequer que acompanhamento do que se faz na Europa.
A federação deveria ser a primeira interessada a suscitar a racionalidade económica dos campeonatos profissionais mas prefere não o fazer.
A actuação da federação de futebol prejudica o desporto quando os clubes vão à falência por actos de gestão sem nexo e equilíbrio e principalmente porque não racionalizando a regulação privada é fautora das condições de falência dos clubes.
Para os associados do Porto é uma maravilha mas a questão do ponto de vista do líder desportivo racional é se a existência de maior competitividade no campeonato e dentro da liga entre os diferentes campeonatos, do topo, do meio e do fim da tabela não deveriam ser maiores para entusiasmarem e predisporem os adeptos para a despesa em futebol profissional.
Afinal estamos a falar de quem também não consegue organizar as selecções nacionais para o mais alto nível de competição que a Espanha demonstra saber fazer.
Os 89% de pontos possíveis do FCP são uma anormalidade como tantas outras do futebol português e que prejudicam o desporto e o país.
Sem comentários:
Enviar um comentário